A SpaceX, companhia de foguetes espaciais de Elon Musk, está sendo processada por uma funcionária que alega ter sofrido abuso sexual, desigualdade salarial, discriminação, assédio sexual e retaliação, durante os sete anos que vem trabalhando na sede da empresa em Hawthorne, Califórnia. As informações são do The Verge.
Leia mais:
- Relatório diz que crianças eram alvos de assédio sexual no Instagram e Facebook
- Meta implementa filtros de proteção para contas de adolescentes
- SpaceX será investigada por suposto uso da Starlink pela Rússia
O relato da funcionária, chamada Michelle Dopak, pode ser lido nos autos do processo, que são públicos. Porém, a descrição que ela fornece dos fatos é bastante forte. É relatado o assédio generalizado e a ação coordenada que existe dentro da empresa, não só para permitir, mas também para dar cobertura à coerção sexual, por parte de um homem que ela diz ser o seu supervisor direto.
Dopak ainda alega que o presidente e o vice da SpaceX ignoraram seus apelos para que alguma atitude contra seu abusador fosse tomada. Ela permanece empregada na SpaceX, mas, afirma que os gerentes estão tentando fazê-la se demitir, forçando-a a trabalhar 12 horas por dia, seis dias por semana.
O processo completo pode ser lido em inglês, aqui. Antes de começar a leitura, alertamos que o documento possui relatos fortes dos crimes sofridos pela vítima.
SpaceX teria tentado fazer a vítima desistir de ir à Justiça
- Conforme consta nos autos do processo, a SpaceX tentou coagir e forçar Michelle a não entrar com a ação judicial em troca de algum benefício dentro de seu cargo na empresa.
- Há uma lei federal que proíbe empregadores de fazer esse tipo de manobra para impedir processos de assédio sexual, válida desde 2022.
- Até o momento da publicação da matéria original, a SpaceX não respondeu o The Verge sobre o caso. Além do processo movido por Dopak, a SpaceX é alvo de uma ação coletiva sobre suposta desigualdade salarial e de promoção contra mulheres.