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O ar presente principalmente em centros urbanos é infectado todos os dias por uma série de substâncias poluentes que afetam a saúde da população. Uma nova pesquisa da Universidade de Tecnologia de Sydney investigou um elemento específico da poluição e mostrou que está associado ao desenvolvimento de Alzheimer.
A magnetita é um composto magnético de óxido de ferro que é emitido a partir de processos de combustão de alta temperatura, como os dos escapamentos de carro.
Pesquisas anteriores já haviam encontrado magnetita no cérebro de pessoas com Alzheimer. No entanto, a relação entre a doença e o composto não estava clara. Até 2016, acreditava-se que o composto era produzido naturalmente pelo cérebro. Porém, um estudo publicado naquele ano mostrou que, na verdade, a maioria do composto presente no órgão vinha da poluição. Assim, surgiu a hipótese de que a magnetita presente no ar poluído estava associada ao aumento do risco de Alzheimer.
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A magnetita, como já dito, é um tipo de partícula magnética de óxido de ferro emitida por combustão de alta temperatura, como escapamentos de veículos, atrito das pastilhas de freio, desgaste de um motor, além de ser liberada também por incêndios em lenha e usinas de energia movidas a carvão.
Segundo explicou Kristine McGrath, autora do estudo, ao New Atlas, quando inalamos poluentes atmosféricos, como a magnetita, essas partículas podem entrar no cérebro através do revestimento da passagem nasal e do bulbo olfatório, uma estrutura na parte inferior do cérebro responsável pelo processamento de cheiros, contornando a barreira de proteção natural do cérebro contra substâncias nocivas.
Os pesquisadores destacam que para evitar os problemas de saúde provocados pela magnetita é necessário primeiro considerar o nível do poluente no ar e incluir esse fator nos padrões de qualidade do ar. Detalhes do estudo foram publicados pela Environment International.
Esta post foi modificado pela última vez em 7 de março de 2024 15:32