Nebulosas da Água e da Lagoa nas Imagens Astronômicas da Semana

As imagens de hoje foram obtidas e tratadas pelos próprios estudantes, num projeto de ciência cidadã do MCTI em parceria com o Observatório Las Cumbres
Por Marcelo Zurita, editado por Lucas Soares 18/03/2024 11h25
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Toda semana, no Programa Olhar Espacial, estudantes ligados a projetos astronômicos de todo o Brasil escolhem duas imagens que se destacaram na semana que passou. Esta semana, estamos fazendo um pouco diferente. As imagens de hoje foram obtidas e tratadas pelos próprios estudantes, num projeto de ciência cidadã  do MCTI em parceria com o Observatório Las Cumbres. Confiram:

Nebulosa da Águia

[ Créditos: Geisa Fonseca, Suriel Cândido / Las Cumbres Observatory ]

Geisa Fonseca e Suriel Cândido, enviaram essa imagem da fantástica Nebulosa da Águia, também conhecida como Messier-16. A Nebulosa da Águia é formada por um jovem aglomerado estelar aberto envolto por nuvens de gás e poeira que são ionizadas pelos ventos estelares das estrelas quentes que nascem neste verdadeiro berçário estelar. No coração da Nebulosa da Águia está a icônica nebulosa que recebeu o nome de “Pilares da Criação”, uma densa nuvem molecular onde se formam dezenas de novas estrelas em seu interior. Essa nebulosa está localizada a aproximadamente 7 000 anos-luz de distância, na direção da Constelação da Serpente.

Nebulosa da Lagoa

[ Créditos: Yasmin Jansen e Leonardo / Las Cumbres Observatory ]

Yasmin Jansen e Leonardo, enviaram esse registro da Nebulosa Laguna, também chamada de Messier-8 ou NGC 6523. Trata-se de uma gigantesca nuvem interestelar a 850 anos-luz de distância na direção da Constelação de Sagitário. Ela é classificada como uma nebulosa de emissão, cujos gases, ionizados por estrelas próximas, emitem radiação principalmente na faixa da luz visível vermelha. Em seu núcleo, há um pequeno aglomerado estelar responsável por “ativar” o brilho dos gases à sua volta. Em locais escuros essa nebulosa pode ser percebida a olho nu, próxima à região central da Via Láctea. 

Original em: https://apod.nasa.gov/apod/image/2403/PillarsMongolia_Liao_6240.jpg 

Quem escolheu

A Geísa, o Suriel, a Yasmin e o Leonardo, integram a equipe liderada pela Geisa da Associação Norte Riograndense de Astronomia (ANRA) que participou do Projeto Imagens do Céu Profundo – LCO, que é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) que integra o Brasil ao projeto global 100 horas para 100 escolas, disponibilizando tempo de utilização de telescópios robóticos de 0.4m da rede Las Cumbres Observatory (LCO) a estudantes, professores e cientistas cidadãos no Brasil . Aos participantes é proporcionada a oportunidade de selecionar alvos e realizar observações astronômicas de maneira remota, com telescópios distribuídos por 6 diferentes sítios ao redor do globo.

Marcelo Zurita
Colunista

Pres. Associação Paraibana de Astronomia; membro da Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros – e coordenador regional do Asteroid Day Brasil

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.