China nega envolvimento em campanha de espionagem cibernética

Governo da China afirmou que as acusações de que o país tem envolvimento com hackers são "calúnias fabricadas e maliciosas" dos EUA
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Ignacio de Lima 27/03/2024 01h00
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(Imagem: Wikimedia Commons)
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O governo da China acusou os Estados Unidos e o Reino Unido de politizarem a questão da cibersegurança, difamando o regime de Pequim e impondo sanções unilaterais ao país. As declarações são uma reação ao anúncio de uma série de medidas contra uma companhia e cidadãos chineses que supostamente teriam ligações com um grupo de hackers.

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China é acusada de estar por trás de grupos de cibercriminosos (Imagem: trambler58/Shutterstock)

China nega qualquer relação com ataques hackers

O governo da China negou as acusações de que teria participado de uma ampla campanha de espionagem cibernética que atingiu milhões de pessoas. Autoridades norte-americanas e britânicas apelidaram os hackers de Grupo de Ameaças Persistentes Avançadas 31 ou “APT31”, afirmando que ele atua como um braço do Ministério da Segurança do Estado chinês.

É pura manobra política para os Estados Unidos e o Reino Unido rediscutir os chamados ataques cibernéticos realizados pela China e sancionar indivíduos e entidades chinesas. A China está fortemente insatisfeita com isso e se opõe firmemente a isso.

Lin Jian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China

A embaixada chinesa em Londres chamou as acusações de “calúnias completamente fabricadas e maliciosas”. Além disso, o governo da China afirmou que prestou esclarecimentos sobre a situação, derrubando todas as evidências apresentadas pelo Reino Unido. No entanto, segundo os chineses, os britânicos não responderam desde então.

Diversos países já acusaram Pequim de envolvimento em ataques cibernéticos. O próprio governo do Reino Unido informou que hackers chineses tentaram invadir contas de e-mail de legisladores britânicos críticos ao regime de Pequim.

No início deste ano, os EUA anunciaram que lançaram uma operação para combater uma operação de hackers chinesa generalizada que comprometeu milhares de dispositivos conectados à internet.

Já as autoridades da Nova Zelândia levantaram, nesta terça-feira (26), a suspeita de que um ataque ao Parlamento do país, em 2021, tenha tido participação chinesa.

A China nega participação em todos os casos citados. As informações são da Reuters.

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O caso é mais uma disputa envolvendo norte-americanos e chineses (Imagem: Fahroni/ Shutterstock)

As sanções

  • Nesta segunda-feira (25), o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou a imposição de sanções, em conjunto com o Reino Unido, contra um grupo de hackers que supostamente teria relações com o governo da China.
  • O alvo da ação é a Wuhan Xiaoruizhi Science and Technology Company, Limited, uma companhia que, segundo Washington, é usada pelo Ministério da Segurança Estatal chinês para “múltiplas operações cibernéticas maliciosas”.
  • Os EUA ainda anunciaram punições contra dois cidadãos chineses ligados à empresa, Zhao Guangzong e Ni Gaobin.
  • De acordo com a Casa Branca e as autoridades britânicas, as supostas atividades hackers chineses representam ameaças a segurança nacional dos dois países.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Com 10 anos de experiência, é especialista na cobertura de tecnologia. Atualmente, é editor de Dicas e Tutoriais no Olhar Digital.