Novas espécies de aparência bizarra são descobertas no fundo do mar

As novas espécies foram encontradas durante expedições científicas em profundidades entre 1.340 e 3.806 metros no Mar do Sul da China
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Bruno Capozzi 28/03/2024 16h53
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O modelo de resolução ultra-alta da China atua como um "microscópio oceânico", melhorando as previsões de tufões, ondas de calor e inundações. Crédito: Rich Carey - Shutterstock
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Ainda sabemos muito pouco sobre o que existe no fundo dos oceanos e as descobertas normalmente revelam seres de aparência estranha. Esse é exatamente o caso da identificação de três novas espécies de pepinos-do-mar. Os animais foram localizados no Mar do Sul da China.

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Novas espécies de pepinos-do-mar

As descobertas são resultado de cinco expedições científicas realizadas entre 2018 e 2023 utilizando um veículo submersível tripulado. Os pesquisadores chegaram a profundidades entre 1.340 e 3.806 metros, onde cuidadosamente recolheram espécimes de criaturas brancas, amarelas e laranjas de aparência estranha.

Após um trabalho de análise, inclusive de DNA, a equipe concluiu que essas são novas espécies de pepinos-do-mar. Elas foram nomeadas Oneirophanta idsseicaO. brunneannulata e O. lucerna.

Com as descobertas mais recentes, o número de tipos de pepinos-do-mar catalogados subiu para seis. Mas a equipe acredita que podem haver ainda mais animais não conhecidos na Zona do Pacífico e que, por isso, mais pesquisas são necessárias para explorar a diversidade e a distribuição deles.

Pesquisadores encontraram as novas espécies no Mar do Sul da China (Imagem: Yunlu Xiao e Haibin Zhang, ZooKeys 2024 (CC BY 4.0)

Número de tentáculos é o diferencial entre os animais

  • Segundo os pesquisadores, os animais têm em comum a presença de tentáculos.
  • Estas estruturas podem ser usados para tudo, desde a locomoção até a alimentação, e inclusive para se prender ao substrato no fundo do mar. 
  • A Oneirophanta idsseica tem entre 40 e 50 pares de tentáculos, enquanto O. brunneannulata tem 37 pares e O. lucerna de 11 a 14 pares em cada lado do corpo.
  • O estudo foi publicado no ZooKeys.
  • As informações são do IFLScience.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Bruno Capozzi é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e mestre em Ciências Sociais pela PUC-SP, tendo como foco a pesquisa de redes sociais e tecnologia.