O número de ataques cibernéticos disparou no ano passado. Segundo dados da empresa de tecnologia Trend Micro, foram quase 161 bilhões de casos. Isso representa um aumento de 10% em relação a 2022 e é quase o dobro do registrado cinco anos atrás, quando foram aproximadamente 82 milhões.

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Casos de ataques cibernéticos quase dobraram em cinco anos (Imagem: Virrage Images/Shutterstock)

Ataques cibernéticos em alta

O relatório anual da Trend Micro apontou um crescimento de 35% nos ataques via arquivos contaminados. Segundo o documento, os cibercriminosos estão selecionando cuidadosamente suas vítimas, com o objetivo de aumentar o potencial lucro financeiro.

Também foi identificado um aumento de 350% na detecção de malwares em e-mails. Eles são softwares maliciosos projetados para invadir ou danificar um sistema de computador sem o consentimento do usuário.

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As ocorrências do Business Email Compromise, também conhecido como “golpe do CEO”, cresceram 16%. Elas são um tipo de fraude no qual golpistas se passam por executivos ou parceiros de negócios da empresa para solicitar transferências financeiras fraudulentas.

Por fim, as ameaças de “Zero Day”, que são vulnerabilidades de segurança ainda desconhecidas pelos criadores do software e pelo público, tiveram um aumento de 12% nas detecções. O relatório indica que foram encontradas falhas significativas em softwares como o Adobe Acrobat e Reader, usados para visualizar e gerenciar documentos em formato PDF.

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Foram quase 161 bilhões de ataques cibernéticos no ano passado (Imagem: NicoElNino/Shutterstock)

Outros tipos de golpes tiveram queda

  • Por outro lado, as URLs maliciosas (links que direcionam para sites prejudiciais) e as tentativas de phishing (que tentam enganar os usuários para obter informações confidenciais) diminuíram 27% no ano passado.
  • Enquanto os casos de ransomware, que são ataques onde os hackers bloqueiam o acesso aos sistemas ou dados de uma organização e exigem um resgate para liberá-los, caíram 14%.
  • A Tailândia e os Estados Unidos foram os países mais impactados por esse tipo de prática, com o setor bancário sendo o mais visado pelos criminosos.