Alimentos com baixo teor de carboidratos são a base da Dieta Keto. - Imagem: Shutterstock/Yulia Furman
A relação entre o cérebro e o nosso intestino não é novidade nas investigações científicas. Inclusive, o Olhar Digital já abordou como o jejum intermitente pode afetar esse último. Agora, uma nova pesquisa da Universidade da Califórnia, Davis (UCD), revelou que a Dieta Keto, baseada na restrição severa do consumo de carboidratos, pode retardar os primeiros sinais de perda de memória do Alzheimer.
A Dieta Keto, também conhecida como dieta cetogênica, consiste em consumir pouquíssima quantidade de carboidratos e muita gordura e proteína. Isso leva o corpo a um estado metabólico chamado cetose, no qual ocorre a queima de gordura como principal fonte de energia, em vez de glicose (açúcar) dos carboidratos. Estudos anteriores com ratos sugeriram que a dieta cetogênica pode estar associada ao aumento da expectativa de vida e à saúde prolongada.
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A pesquisa também constatou que a Dieta Keto beneficiou mais os camundongos fêmeas, produzindo níveis mais elevados de beta-hidroxibutirato (BHB). Segundo o pesquisador Gino Cortopassi, isso é uma descoberta interessante:
Se estes resultados forem traduzidos para humanos, isso poderá ser interessante, uma vez que as mulheres, especialmente aquelas que apresentam a variante do gene ApoE4, correm um risco significativamente maior de desenvolver Alzheimer.
Cortopassi ao Science Alert.
Os médicos ainda não compreendem completamente os possíveis efeitos negativos das dietas cetogênicas em nosso corpo a longo prazo. Apesar disso, as descobertas são um ponto de partida para criar formas de bloquear ou retardar as mudanças no cérebro que levam ao Alzheimer.
A pesquisa foi publicada na revista Communications Biology.
Esta post foi modificado pela última vez em 10 de abril de 2024 15:22