A decisão da Meta de reduzir a idade mínima para usuários do WhatsApp de 16 para 13 anos no Reino Unido e na União Europeia gerou uma série de protestos. A medida havia sido anunciada em fevereiro deste ano e entrou em vigor na última quarta-feira (10).

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Estudos apontam que exposição à redes sociais pode gerar prejuízos para crianças (Imagem: Daniel Jedzura / Shutterstock)

Riscos à saúde mental

O WhatsApp disse que a mudança acontece para alinhar o limite de idade com o da maioria dos países, caso do Brasil e dos Estados Unidos, por exemplo. E garantiu que existem recursos para garantir a segurança dos usuários mais jovens.

No entanto, diversas organizações criticaram fortemente a medida, ressaltando uma série de prejuízos causados pela exposição à redes sociais durante a infância. Lembrando que vários estudos apontam que isso causa riscos à saúde mental das crianças.

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A Smartphone Free Childhood, por exemplo, afirmou que a medida “contraria a crescente demanda nacional pelas grandes tecnologias para fazer mais para proteger nossos filhos”. Além disso, criticou fortemente o fato de as “gigantes da tecnologia colocarem os lucros dos seus acionistas em primeiro lugar”.

A Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia, não se pronunciou oficialmente sobre o assunto até agora. As informações são da CNN.

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Meta (Imagem: Angga Budhiyanto/Shutterstock)

Meta sofre pressão para proteger crianças

  • A Meta já foi duramente criticada no passado por sua tentativa de reduzir as restrições de idade em todas as plataformas nos Estados Unidos.
  • No ano passado, a empresa disse que planejava reduzir a idade mínima para seu aplicativo de realidade virtual de 13 para 10 anos, apesar da pressão de legisladores dos EUA para não comercializar esses serviços para usuários mais jovens.
  • Além disso, o CEO da Meta, Mark Zuckerberg, deu diversas declarações e até adotou ações que contrariam iniciativas destinadas a melhorar o bem-estar dos adolescentes no Facebook e no Instagram.
  • Ele ainda teria contrariado alguns executivos que vinham pressionando por maiores proteções para adolescentes, de acordo com comunicações internas tornadas públicas como parte de um processo judicial em andamento contra a empresa.