Imagem: Vitória Gomez (gerado com IA)/Olhar Digital
O ChatGPT, da OpenAI, passará a ser utilizado para a criação de aulas virtuais em escolas da rede estadual de São Paulo. A decisão é do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e passa a valer a partir do 3º bimestre deste ano.
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Hoje, o material didático é produzido por professores curriculistas (especialistas na elaboração desse tipo de conteúdo). Com a mudança, esses profissionais passarão a “avaliar a aula gerada [pela inteligência artificial] e realizar os ajustes necessários para que ela se adeque aos padrões pedagógicos”.
A orientação enviada aos docentes afirma que a ferramenta de IA vai gerar a “primeira versão da aula com base nos temas pré-definidos e referências concedidas pela secretaria”. Os professores serão responsáveis por editar o material e encaminhar para uma equipe interna da secretaria, que fará a revisão final de aspectos linguísticos e formatação.
Em nota, a Secretaria de Educação confirmou que planeja testar o uso do ChatGPT para produzir as aulas digitais do terceiro bimestre dos anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano) e do ensino médio. Segundo a pasta, a ferramenta vai ser usada para melhorar o que foi elaborado anteriormente pelos professores.
Ainda segundo a secretaria, a IA será configurada para gerar as aulas, usando como referência o que foi produzido pela equipe nos últimos meses, além do material didático de outros autores. As informações são da Folha de São Paulo.
A Secretaria Estadual da Educação (SEE) enviou seu posicionamento sobre o assunto ao Olhar Digital. Confira:
“Não procede a informação que os professores serão substituídos por ChatGPT ou por qualquer outra ferramenta de Inteligência Artificial (IA).
A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) planeja implementar um projeto-piloto para incluir a IA como uma das etapas do processo de atualização e aprimoramento de aulas do terceiro bimestre dos Anos Finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
Esse processo de fluxo editorial ainda será testado e passará por todas as etapas de validação para ser avaliada a possível implementação. Nele, as aulas que já foram produzidas por um professor curriculista e já estão em uso na rede são aprimoradas pela IA com inserção de novas propostas de atividades, exemplos de aplicação prática do conhecimento e informações adicionais que enriqueçam as explicações de conceitos-chave de cada aula.
Na sequência, esse conteúdo será avaliado e editado por professores curriculistas em duas etapas diferentes, além de passar por revisão de direitos autorais e intervenções de design. Por fim, se essa aula estiver conforme os padrões pedagógicos, será disponibilizada como versão atualizada das aulas feitas em 2023.
Atualmente, a Seduc-SP conta com um time de cerca de 90 professores curriculistas.”
Esta post foi modificado pela última vez em 17 de abril de 2024 22:17