(Imagem: NOBUMICHI TAMURA)
Uma família encontrou restos de uma mandíbula fossilizada em uma praia na Inglaterra. Os espécimes foram descobertos por Justin Reynolds e sua filha, Ruby, e, de acordo com especialistas, pertencem a uma espécie de ictiossauro, possivelmente o maior réptil marinho já registrado até hoje – com mais de 25 metros de comprimento.
Entenda:
Justin e Ruby voltaram para casa com os fragmentos e começaram uma pesquisa aprofundada para descobrir sua possível origem, encontrando um artigo de 2018 escrito por cientistas que fizeram uma descoberta semelhante. Porém, o fóssil encontrado pelos autores estava incompleto demais, e não foi possível designar a espécie à qual pertencia.
Leia mais:
Pai e filha contataram os autores do artigo, Dean Lomax, paleontólogo da Universidade de Manchester, e o colecionador Paul de la Salle, que encontrou a primeira mandíbula relacionada à espécie em maio de 2016. Graças às peças descobertas pelos Reynolds, os estudos tiveram mais material para análise.
Marcello Perillo, paleontólogo da Universidade de Bonn e colaborador nos estudos, analisou os fósseis sob um microscópio e encontrou fibras de colágeno características do ictiossauro. Ele também determinou que o réptil ainda não tinha terminado de crescer quando morreu. Em um artigo publicado na PLOS One, Perillo e seus colegas denominaram a espécie como Ichthyotitan severnensis – que significa ‘peixe-lagarto gigante do Severn’.
Estimativas indicam que o I. severnensis podia medir até 25 metros de comprimento, superando a baleia azul e tornando-se o maior réptil marinho conhecido até hoje.
Ao The New York Times, Lomax disse que a descoberta reforça a importância de colecionadores amadores. “Se você tiver um olhar atento, se tiver paixão por algo assim, poderá fazer descobertas como essa.”
Esta post foi modificado pela última vez em 18 de abril de 2024 13:29