Hackers que invadiram sistema do governo roubaram dinheiro de pagamento dos servidores

Segundo a PF, os invasores acessaram o Sistema Integrado de Administração Financeira por meio de credencial de servidores
Alessandro Di Lorenzo23/04/2024 11h06, atualizada em 03/05/2024 18h06
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(Imagem: Aleksandar Malivuk/Shutterstock)
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Os hackers que conseguiram acessar o sistema financeiro utilizado pelo governo federal transferiram dinheiro que seria usado para o pagamento da folha de servidores. Os valores desviados não foram informados e as investigações sobre o caso continuam.

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Acesso ao sistema aconteceu por meio de credencial de servidores

Segundo a Polícia Federal (PF), os invasores acessaram o Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), responsável pelos pagamentos do governo federal. Parte do dinheiro transferido foi bloqueado a tempo após a identificação da fraude.

O primeiro acesso irregular foi feito no dia 5 de abril. Na oportunidade, a PF instaurou um inquérito para investigar o caso. Outros dois acessos foram identificados nos dias seguintes.

Fontes da Polícia Federal confirmaram ao G1 que o acesso foi feito por meio da credencial de servidores. Há a suspeita de fraude ou clonagem das chaves de acesso.

Funcionários públicos responsáveis pelas credenciais serão ouvidos pelas autoridades. No entanto, a polícia acredita que os servidores são vítimas e não estão envolvidos no ataque.

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Criminosos transferiram dinheiro que seria usado para pagar servidores (Imagem: shutterstock/Portrait Image Asia)

Novas medidas de segurança adotadas após ataque

  • Após a invasão, a PF entrou em contato com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e com a equipe do Tesouro Nacional.
  • Em nota, o Ministério da Gestão e da Inovação informou que o episódio não configura falha de segurança, mas sim uso indevido de credenciais obtidas de forma irregular.
  • Visando coibir novos ataques, o governo passou a exigir o uso de certificado digital emitido pela Serpro para acesso ao Siafi.
  • O comunicado foi emitido pelo Centro de Prevenção, Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos do Governo (CTIR Gov), em conjunto com o Centro Integrado de Segurança Cibernética do Governo Digital.
Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.