Os óculos de realidade mista (RM) da Apple, o Apple Vision Pro, começou a ser usado na medicina. E, na última quinta-feira (18), foi realizada a terceira cirurgia com o dispositivo no mundo. Adivinhe onde foi? No Brasil, mais especificamente em Santa Catarina.

O procedimento realizado foi uma videoartroscopia, que examina a estrutura interna das articulações do corpo com uma câmera. Ele foi realizado no Hospital Jaraguá, em Jaraguá do Sul (SC). O paciente se recuperou sem problemas.

publicidade

Leia mais:

O médico ortopedista Bruno Gobbato, em nota, explicou que a equipe está conhecendo o Vision Pro. “Por ser tecnologia muito nova, ainda estamos entendendo como tirar seu maior proveito”, contou.

publicidade

Cirurgia brasileira com Apple Vision Pro

  • Na primeira experiência da equipe catarinense com o Vision Pro, a câmera de vídeo usada na cirurgia foi espelhada nos óculos, deixando a imagem ampliada e melhor posicionada para que o médico avaliasse melhor as articulações do paciente;
  • Como a artroscopia por vídeo foi a primeira com o Vision Pro, essa cirurgia envolveu apenas uma tela, mas Gobbato já indicou que há possibilidades de ir além no nível de visualização;
  • Como o paciente estava com ruptura de manguito rotador (um dos tendões do ombro lesionados), o óculos de RM da Apple deu maior precisão à visualização da lesão por Gobbato;
  • Isso permitiu que ele desse diagnóstico mais preciso;
  • Além do espelhamento da câmera, o médico consultou modelos 3D como referência e usou o app Notas para consultar exames do paciente, como uma ressonância magnética.

Lembro-me que assim que cheguei, em Jaraguá do Sul, em 2010, realizávamos a cirurgia numa tela de 20 polegadas. As melhorias nos monitores permitiram uma melhor ergonomia e maior precisão nos passos.

Bruno Gobbato, médico ortopedista, em nota

Com este novo tipo de tecnologia, não só podemos aumentar e muito o tamanho da tela de vídeo, mas também nos permite a utilização de múltiplas telas com visualização de diferentes ângulos em tempo real, e isto permite a realização de cirurgias mais rápidas e muito mais precisas.

Bruno Gobbato, médico ortopedista, em nota