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Durante a pandemia, a OMS (Organização Mundial da Saúde) definiu diretrizes de tratamento para Covid-19. Mas parece que, nesse período, nem todos os países seguiram as recomendações à risca. Uma análise publicada na revista BMJ Saúde Global comparou as normas de cada nação e descobriu grandes divergências.
O estudo baseou-se na 11ª versão, publicada em julho de 2022, das diretrizes da OMS e examinou o conteúdo de relatórios nacionais dos 194 estados membros.
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A análise mostra uma grande disparidade nas recomendações de tratamento para COVID-19 entre os países. Enquanto a maioria das diretrizes inclui pelo menos um tratamento recomendado pela OMS, há variações na escolha e na dosagem dos medicamentos.
Alguns países continuaram a recomendar tratamentos desaconselhados pela OMS até o final de 2022, como a cloroquina, lopinavir, ritonavir, azitromicina, vitaminas e/ou zinco.
As recomendações variam entre países devido a uma série de fatores. Além das disparidades econômicas que limitam o acesso a certos tratamentos em países de baixa renda, as diferenças nas diretrizes também são resultados de uma variação na definição de gravidade da doença e nos avanços científicos de cada região.
Durante os estágios iniciais da pandemia, houve falta de clareza devido à intensa pressão política e midiática, levando países a adotar medidas com base em evidências científicas limitadas. Os pesquisadores enfatizam a necessidade de processos formalizados no desenvolvimento de diretrizes nacionais, baseados em evidências sólidas, para evitar esse cenário.
Esta post foi modificado pela última vez em 24 de abril de 2024 15:10