(Imagem: Kirill Gorshkov/Shutterstock)
O mundo discute hoje a agenda das mudanças climáticas. E parece haver um consenso sobre a responsabilidade do homem em tudo o que está acontecendo. O aquecimento global é culpa do desmatamento. É culpa do uso desenfreado de combustíveis fósseis. É culpa das emissões de gases que causam o efeito estufa.
Existem inúmeros estudos nesse sentido. Mas todos eles olham para cima, por assim dizer. Segundo pesquisadores da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, é preciso também olhar para baixo.
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Alguns historiadores dizem que civilizações antigas já utilizavam o petróleo, como a Mesopotâmia, para pavimentação de estradas. No mundo moderno, o primeiro poço data de 1859, nos Estados Unidos. Era um buraco de aproximadamente 21 metros de profundidade.
Levemos em consideração esse segundo registro. O homem perfura o solo há, pelo menos, 165 anos. E, de lá para cá, os poços foram ficando cada vez mais fundos.
E de lá para cá outros elementos foram sendo extraídos. O lítio que faz as nossas baterias, por exemplo, também vem do subsolo. E, assim, como o petróleo, ele é “substituído” por água no momento da extração. Para manter a pressão do reservatório.
De acordo com os cientistas, ainda não está claro o preço que teremos de pagar por isso.
Ao falar sobre as incógnitas, a professora McIntosh fez uma crítica a outros estudiosos:
“Precisamos usar o subsolo profundo como parte da solução para a crise climática. No entanto, sabemos mais sobre a superfície de Marte do que sobre a água, as rochas e a vida nas profundezas dos nossos pés”, disse ela.
Outro autor do estudo, Peter Reiners, seguiu no mesmo tom e também destacou a importância do subsolo em relação ao aquecimento global:
“A gestão responsável do subsolo é fundamental para qualquer esperança de uma transição verde, um futuro sustentável e manter o aquecimento abaixo de alguns graus”, afirmou o professor.
As informações são do IFL Science.
Esta post foi modificado pela última vez em 2 de maio de 2024 21:35