(Imagem: iStock)
Apesar do fim há muito tempo da fase mais crítica da pandemia, muita gente ainda tem medo da Covid-19. E não é para menos: foram mais de 5 milhões de mortes em todo o mundo, número considerado subnotificado por alguns especialistas.
Outro aspecto da doença que gerou muito pavor na sociedade é a chamada Covid longa, ou seja, pessoas que ficaram com alguns sintomas por várias semanas ou meses.
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Cientistas de todas as localidades continuam estudando essa e outras modalidades da Covid, o coronavírus em si e as novas e velhas variantes.
Um grupo nos Estados Unidos, mais especificamente na Universidade da Califórnia, parece ter encontrado uma explicação para esses casos persistentes.
Em artigo na revista The Lancet Infectious Diseases, os pesquisadores mostraram que, após a infecção pelo SARS-COV-2, algumas partículas virais do coronavírus foram encontradas no sangue de algumas pessoas até 14 meses depois da recuperação.
Os próprios pesquisadores destacaram alguns pontos falhos no estudo. O principal deles é que as amostras são de 2020, quando ainda não existiam vacinas.
Ou seja, hoje, como a maior parte da população tem defesas contra o vírus, a doença pode se comportar de forma diferente.
Outro ponto é que a pesquisa não liga exatamente essas partículas resistentes à Covid longa. O relatório traz uma hipótese, não uma prova.
Um terceiro asterisco diz respeito ao período estudado. Como foram colhidas amostras em 3 fases diferentes, é possível que o paciente tenha sido reinfectado no meio do caminho. Nesse caso não estaríamos falando em partículas resistentes, mas sim em novas partículas virais.
Independentemente disso, os cientistas americanos afirmam que os indícios encontrados são sólidos e, que as partículas podem continuar lá 14 meses depois. Para esclarecer os pontos nebulosos, os pesquisadores defendem agora a realização de novos estudos complementares.
As informações são do IFL Science.
Esta post foi modificado pela última vez em 2 de maio de 2024 18:48