Os dispositivos de monitoramento de saúde invasivos são aqueles que precisam estar dentro do nosso corpo para coletar dados médicos. Uma nova pesquisa do Zhao Research Group desenvolveu uma forma dessa tecnologia que garante conforto e alta precisão, inspirando-se na natureza.

A lesma marinha, especificamente uma característica do corpo delas, chamou a atenção dos pesquisadores envolvidos e serviu de base para a criação do sensor biomédico. Esses animais possuem atividades elétricas dentro de seus músculos de locomoção. Ao terem conhecimento do fato, os cientistas logo pensaram nas possíveis aplicações biomédicas do aspecto.

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Microagulhas “macias” e flexíveis

  • O novo dispositivo consiste em eletrodos de microagulha, já usados para avaliação do cérebro. Porém, este é diferente.
  • Suas pequenas agulhas são muito mais flexíveis e se adequam ao tecido do corpo analisado, evitando desconforto e danos.
  • Para chegar a esse resultado, os cientistas reuniram técnicas de microusinagem a laser, microfabricação e impressão por transferência.
  • Isso permitiu definir a geometria do eletrodo, locais de gravação e propriedades mecânicas e elétricas com eficácia.
  • Com a técnica de fabricação, as microagulhas também podem ser aplicadas futuramente no monitoramento do coração e da bexiga.
Imagem: Science Advances.

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Dispositivo avalia cérebro e pele

A nova tecnologia foi projetada para ser aplicada na detecção e no controle de atividades cerebrais e nervosas, análise eletroquímica de fluidos da pele, diagnóstico de distúrbios neuromusculares e na administração de medicamentos em tecidos profundos.

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As microagulhas “macias” parecem ser uma alternativa menos assustadora para o futuro da avaliação médica. Aqueles que evitam as agulhas a todo custo devem amar esse avanço. Brincadeiras à parte, o avanço é significativo para profissionais de saúde e empresas de biotecnologia.

A pesquisa foi publicada na revista Science Advances.