Um novo estudo realizado em parceria entre pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e da Universidade de São Paulo (USP) apresenta uma abordagem inovadora para identificar de forma mais rápida pacientes com risco aumentado de metástase em função do câncer de mama. Estas pessoas apresentam alta expressão de HER2, uma proteína encontrada em níveis anormalmente elevados na membrana das células cancerígenas.

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Alternativa viável e segura na identificação de tumores

A pesquisa propõe a utilização de nanopartículas híbridas, compostas de óxido de ferro e com revestimento polimérico, adequadamente funcionalizadas para detectar esse tipo particular de células tumorais, promovendo um potencial promissor no diagnóstico do câncer de mama. Segundo os pesquisadores, esta é uma alternativa viável e segura para os pacientes.

Embora represente um avanço no diagnóstico da doença, o estudo ainda está em estágios iniciais e enfrenta alguns desafios futuros, como ensaios em animais e amostras humanas. No entanto, os responsáveis pelo trabalho acreditam que as nanopartículas são uma esperança para melhorar os resultados clínicos, destacando a importância da colaboração entre diversas áreas e instituições na busca por soluções inovadoras para enfrentar a doença.

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O estudo foi publicado na revista Nanomedicine. As informações são do Jornal da USP.

Imagem mostra duas mulheres, uma médica e outra paciente, analisando exame de câncer de mama
Casos de câncer de mama já superam os de pulmão como os mais comuns do mundo (Imagem: Lordn/Shutterstock)

Câncer de mama: um problema global

  • Recentemente, o câncer de mama ultrapassou o de pulmão e se tornou o mais comum atualmente no mundo.
  • Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), até 2022 foram diagnosticados no Brasil 66.280 novos casos da doença, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres.
  • Somente em 2017, ocorreram cerca de 16.724 óbitos por câncer de mama entre mulheres, o equivalente a um risco de 16,16 por 100 mil.
  • Em 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu como meta global a redução da mortalidade pela doença em 2,5% por ano até 2040.
  • Isso significaria evitar a morte de 2,5 milhões de pessoas em todo o planeta.