Desastres climáticos como o mais recente no Rio Grande do Sul causam um rastro de destruição e também podem aumentar casos de doenças graves, uma delas é o tétano, uma infecção grave causada pela bactéria Clostridium tetani.

Essa bactéria aparece em diferentes tipos de material, como metal, madeira ou vidro, assim como terra, fezes e água suja.

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Destroços levados por enchentes pode causar ferimentos e infecção por bactéria causadora de tétano. Imagem: Reprodução/Redes sociais

Enchentes aumentam chance de contrair tétano acidental

  • Segundo o Ministério da Saúde, mais de 500 casos de tétano acidental foram registrados entre 2021 e 2023.
  • As chances de contaminação aumentam em enchentes, já que entulhos (cacos de vidro e pregos, por exemplo) são levados pela enxurrada.
  • Ferimentos provocados em enchentes podem ser “invadidos” pelo microorganismo.
  • A bactéria produz tetanospasmina, uma forte toxina que age sobre as células do sistema nervoso central.
  • A taxa de letalidade supera 25%. A evolução do quadro depende de alguns fatores, como idade e presença de outras complicações, segundo informações do Butantan.
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Enchente do Rio Taquari na cidade de Lajeado (RS). (Imagem: marcelocaumors/Instagram via Agência Brasil)

O que fazer em caso de ferimento em enchente?

A recomendação dos especialistas é lavar o local com água limpa e sabão neutro. Dependendo da lesão e dos sintomas, é indicado procurar uma unidade de saúde para avaliação.

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Quais são os sintomas de tétano?

Os primeiros sintomas da doença aparecem de 5 a 15 dias e incluem: febre baixa, alterações perto da lesão, dolorosas contrações musculares, rigidez dos membros e região abdominal e dores de cabeça e nas costas. Casos mais graves incluem espasmos generalizados, dificuldade de engolir, sudorese e arritmia cardíaca.

Soro antitetânico pode ser utilizado no tratamento

O tratamento pode ser feito com soro antitetânico produzido pelo Instituto Butantan, que consegue neutralizar os efeitos provocados pela infecção. Ainda assim, a imunização é a melhor prevenção.

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A vacina contra o tétano é aplicada no primeiro ano de vida, seguindo um esquema de três doses. Reforços devem ser feitos aos 15 meses e 4 anos. Depois, a vacina deve ser aplicada a cada dez anos. Em caso de ferimentos graves ou gestação, o reforço é antecipado caso a última dose tenha sido aplicada há mais de cinco anos.