Intel prevê impacto com revogação de vendas para a Huawei

Segundo empresa, receita do próximo trimestre sofrerá; ações caíram após previsão 
Tamires Ferreira08/05/2024 13h39
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Imagem: Tada Images/Shutterstock
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Após o governo dos EUA anunciar a revogação das licenças de exportação que permitiam que a Intel vendesse chips para a Huawei, a empresa disse que suas vendas, bem como sua receita do segundo trimestre, sofrerão impacto este ano, conforme apontado em documento enviado a Securities and Exchange Commission.  

O que você precisa saber: 

  • Os EUA revogaram, na terça-feira (7), as licenças de exportação que permitiam que a Intel e Qualcomm vendessem semicondutores para a Huawei; 
  • A pausa, solicitada com efeito imediato, impede que as empresas enviem chips para a fabricação de celulares e notebooks da chinesa;  
  • Segundo informações da Reuters, decisão chega após o lançamento do primeiro laptop habilitado para IA da empresa, o MateBook X Pro, equipado com o novo processador Core Ultra 9 da Intel; 
  • O Departamento de Comércio dos EUA confirmou que revogou algumas licenças, mas não detalhou empresas;  
  • Apesar das restrições devido à guerra comercial, os EUA haviam autorizado a exportação limitada para algumas companhias da China, visando a participação de mercado que empresas como Intel possui;  
  • Contudo, o Departamento do Comércio alterou exceções após pressão do Congresso contra a Huawei, que segue em ascensão na China. 

Leia mais! 

Conforme relatado pela Reuters, as ações da Intel caíram 2,6% depois que a empresa disse que espera que a receita do segundo trimestre permaneça na faixa de US$ 12,5 bilhões a US$ 13,5 bilhões, abaixo do ponto médio. 

Tanto a Intel quanto a Qualcomm confirmaram, nesta quarta-feira (8), a revogação das licenças. 

O Ministério das Relações Exteriores da China também criticou as medidas dos EUA. Para o órgão, o país está “estendendo demais o conceito de segurança nacional e abusando dos controles de exportação para reprimir empresas chinesas sem justificativa”. 

Vale pontuar que, apesar do avanço rumo a independência da Huawei, a medida deve prejudicar a empresa, que ainda depende dos chips da Intel para alimentar seus laptops, além de também afetar outros fornecedores norte-americanos que fazem negócios com a companhia. Veja mais aqui

Tamires Ferreira
Redator(a)

Tamires Ferreira é jornalista formada pela Fiam-Faam e tem como experiência a produção em TV, sites e redes sociais, além de reportagens especiais. Atualmente é redatora de Hard News no Olhar Digital.

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