Uma equipe internacional de pesquisadores divulgou um novo estudo que confirma que os dinossauros eram inteligentes, mas que não podem ser comparados com os macacos. A conclusão vai no sentido contrário do que havia sido apontado por uma outra pesquisa recente que afirmou que o Tyrannosaurus rex tinha um número excepcionalmente elevado de neurônios.

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Estimativa do tamanho do cérebro dos dinossauros pode estar equivocada

  • No trabalho anterior, publicado no ano passado, os investigadores sustentaram que o elevado número de neurônios estava diretamente relacionado com a inteligência dos dinossauros.
  • Eles também citaram a transmissão cultural de conhecimento ou a utilização de ferramentas como exemplos de características cognitivas que a espécie poderia ter apresentado.
  • Já no novo estudo, divulgado na revista científica The Anatomical Record, pesquisadores reexaminaram o tamanho e a estrutura do cérebro de diferentes dinossauros e concluíram que eles se comportavam de maneira semelhante aos crocodilos e lagartos.
  • Segundo a equipe de cientistas, o tamanho do cérebro dos animais, especialmente a parte anterior, havia sido superestimado em estudos anteriores, o que levou a uma contagem de neurônios não confiável.
  • Logo, eles afirmam que estes dados não podem ser levados em conta como um medidor confiável da inteligência dos dinossauros.
Ilustração digital dos dinossauros descobertos no Reino Unido em setembro de 2021
Pesquisadores reexaminaram o cérebro de diferentes dinossauros (Imagem: Anthony Hutchings/University of Southampton/Divulgação)

Mais parecidos como crocodilos

Os pesquisadores ainda defendem que, para reconstruir solidamente a biologia das espécies extintas, é necessário analisar diferentes aspectos, como a anatomia do seu esqueleto, a histologia óssea, o comportamento dos parentes atuais ou vestígios fossilizados. Até mesmo pegadas fósseis podem ajudar neste sentido.

O estudo ainda afirma que a possibilidade de o T. rex ter sido tão inteligente como um babuíno é ao mesmo tempo fascinante e assustadora e significa reformular a nossa visão do passado. No entanto, destaca que os novos dados apontam para uma direção oposta.

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O trabalho conclui que os animais já extintos eram mais parecidos com crocodilos gigantes inteligentes. E destaca que isso é igualmente fascinante. As informações são do G1.