A maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul também afeta a produção e a distribuição de veículos. Além dos graves danos provocados a cadeia logística, em função de bloqueios de estradas, diversas montadoras de automóveis contabilizam prejuízos causados pelas chuvas e enchentes.

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Impactos no setor automotivo

A fábrica da General Motors em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre, paralisou a produção na última quarta-feira (8) por medida de segurança. A unidade produz os modelos Chevrolet Onix e Onix Plus, dois dos carros mais vendidos da GM no mercado brasileiro.

A empresa afirmou que está apoiando os empregados atingidos e a comunidade com doações em dinheiro, alimentos e roupas, além do empréstimo de veículos para operações de resgate. A GM ainda informou que mantém um estoque de veículos entre 15 mil e 19 mil unidades, volume suficiente para cerca de 30 dias de vendas.

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Já a Stellantis, empresa dona da Fiat, suspendeu a produção de sua fábrica em Córdoba, na Argentina. A medida foi tomada devido à falta de peças, já que fornecedores brasileiros têm enfrentado dificuldades devido bloqueios de rodovias no Rio Grande do Sul. A unidade argentina produz o Fiat Cronos.

A fabricante disse que “estão sendo levantados os impactos em fornecedores diretos e indiretos para dimensionar eventuais consequências na produção das plantas da Stellantis na região.” A empresa ainda destacou que está auxiliando com a arrecadação de mantimentos e recursos a serem destinados aos órgãos e entidades oficiais definidos pelo governo local”.

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A Toyota, por sua vez, teve o seu centro de distribuição localizado em Guaíba afetado pelas enchentes. A empresa explicou que os funcionários conseguiram acessar as instalações nesta quinta-feira (9), quando o nível da água começou a reduzir.

A montadora destaca que não houve grandes prejuízos e que, dos cerca de 1,1 mil veículos que estão no local, apenas cinco foram danificados. A empresa distribui a picape Hilux e o SUV SW4. a partir de Guaíba para diferentes regiões do Brasil. As informações são do UOL.

Fábrica da GM em Gravataí, no Rio Grande do Sul (Imagem: divulgação/GM)

Tragédia climática no Rio Grande do Sul

  • De acordo com o mais recente balanço da Defesa Civil, subiu para 113 o número de mortes confirmadas pelas fortes chuvas e enchentes que atingem o estado gaúcho.
  • São 146 pessoas desaparecidas, mais de 337 mil desalojadas e aproximadamente 70 mil em abrigos.
  • A tragédia climática causou impactos severos em 435 dos 497 municípios gaúchos, afetando diretamente quase dois milhões de pessoas.
  • O lago Guaíba atingiu o maior nível da história, passando dos 5 metros e 30 centímetros.
  • As inundações paralisaram quase que completamente o fornecimento de água e luz em Porto Alegre e em outras cidades.
  • Um dos pontos que continua completamente alagado é o Aeroporto Internacional Salgado Filho, que anunciou a suspensão de todas as operações até 30 de maio.
  • Vias bloqueadas ainda dificultam a saída e entrada na cidade.
  • Na região Sul, a Lagoa dos Patos também começou a inundar alguns municípios, caso de Rio Grande.
  • Em 2023, uma série de desastres climáticos causou uma verdadeira devastação no Rio Grande do Sul.
  • Foram registradas 16 mortes em junho, 54 em setembro e outras 5 em novembro.