A empresa israelense BaroMar se prepara para testar uma forma mais barata de gerar e armazenar energia em grande escala. Se trata de um novo sistema inovador chamado CAES que usa água, não emite carbono e funciona combinada com outras fontes de energia renováveis ​​como solar e eólica.

Seu grande trunfo é o uso de ar comprimido. Saiba mais sobre a novidade abaixo.

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Como funciona o sistema capaz de gerar e armazenar energia

  • O sistema é composto por uma série de tanques grandes de concreto e aço, com gaiolas cheias de pedras para mantê-los submersos entre 200 a 700 metros.
  • Esses tanques têm várias válvulas e começam o ciclo completamente cheios de água do mar.
  • O CAES usa compressores para bombear ar para dentro dos tanques (os sistemas de compressor e gerador ficam em terra firme).
  • O ar comprimido força a água para fora e fica armazenado em alta pressão.
  • Como a pressão hidrostática da água externa se equaliza com a interna do ar, os tanques não precisam ser tão fortes ou caros.
  • Na última etapa, o ar comprimido é liberado e aciona uma turbina que gera e recupera energia para reiniciar o ciclo.

No fim, é uma opção de baixo custo que pode superar outros sistemas tradicionais em relação ao armazenamento de energia de longa duração, diz a empresa.

Sistema submarino de armazenamento de energia cria bateria mais barata que qualquer outra, afirma empresa. Imagem: Divulgação/BaroMar

Quando chega a hora de recuperar a energia, o sistema permite que o ar volte por mangueiras para um sistema de recuperação térmica, seguido por um turboexpansor que aciona o gerador. Na outra extremidade, a água volta para o tanque, pronta para ser novamente deslocada quando o compressor estiver funcionando.

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A energia é recuperada através de uma turbina que funciona como gerador. Imagem: Divulgação/BaroMar

A BaroMar afirma que a sua tecnologia deve superar as opções concorrentes de armazenamento de energia de longa duração em termos de gastos, graças aos seus tanques mais baratos e o baixo custo de manutenção.

Apesar das vantagens, o projeto também precisa superar desafios para operar, como estudos de viabilidade e permissão para instalação de tanques em profundidade, destaca o NewAtlas. Ainda assim, se a ideia da BaroMar cumprir com o que promete na prática, será relevante para muitos locais, especialmente para cidades que ficam perto da costa.