Cabeça de múmia egípcia é recriada a partir de impressora 3D; veja

Pesquisadores escanearam o crânio da múmia com tomografia computadorizada e criaram um modelo digital da cabeça
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 10/05/2024 13h19
MÚMIA GENÉRICA
Imagem: Andrea Izzotti/Shutterstock
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A cabeça de uma múmia egípcia que está exposta em uma biblioteca na Austrália foi recriada a partir de uma impressora 3D. O meticuloso processo de reconstrução científica foi realizado a partir de análises e técnicas forenses.

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Múmia é do período greco-romano do Egito

  • Para a reconstrução, os pesquisadores escanearam o crânio da múmia com tomografia computadorizada (TC) e criaram um modelo digital, que foi impresso em 3D em resina de polímero.
  • O resultado é um retrato fiel de como seria a mulher de cerca de 50 ou 60 anos e que viveu durante o período greco-romano no Egito (332 a.C. a 395 d.C.).
  • O momento em que ela viveu foi identificado a partir folhas banhadas a ouro presas à cabeça mumificada.
  • Este material era usado em processos de mumificação durante a época e naquela região.
  • As informações são do Live Science.

Traços do rosto

A cabeça mumificada foi doada por um médico local à escola em 1915. Não se sabe ao certo como ele conseguiu adquirir a múmia.

Ao receberem o crânio impresso em 3D, os pesquisadores adicionaram olhos e marcadores para representar a profundidade do tecido, que foram baseados em medições ultrassônicas dos egípcios que vivem hoje.

Após, foi criada a musculatura do rosto. O nariz, por exemplo, foi reconstruído a partir dos ângulos do osso ao redor da abertura nasal no crânio e a partir de medidas cuidadosas.

A etapa seguinte foi criar a pele ao redor dos olhos e sobre a musculatura. Por fim, foi adicionado um penteado e brincos típicos do período greco-romano do Egito.

A escultura foi finalizada com uma resina de cor bronze. A escolha foi considerada melhor do que tentar adivinhar um tom de pele da mulher, já que pessoas com ascendência egípcia, grega, romana e outras viviam no Egito na época.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.