Cientistas da Universidade de San Diego, na Califórnia, EUA, desenvolveram um novo tipo de plástico biodegradável feito com poliuretano termoplástico (TPU) e esporos de bactérias Bacillus subtilis, projetadas para sobreviver às altas temperaturas utilizadas durante o processo de produção do plástico.

Entenda:

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  • Cientistas criaram um novo tipo de plástico biodegradável feito com poliuretano termoplástico e esporos de bactérias Bacillus subtilis;
  • Além de tornar o material biodegradável, as bactérias também aumentaram a resistência e elasticidade do material;
  • Com a capacidade de autodegradação em um ambiente livre de micróbios, a tecnologia pode fazer uma grande diferença no descarte desse tipo de plástico em níveis de desenvolvimento comercial;
  • Agora, a equipe busca ampliar o escopo de materiais biodegradáveis ​​que podem ser fabricados com a tecnologia;
  • As informações são da revista Nature Communications e da Universidade de San Diego.
Poliuretano termoplástico (esquerda) e esporos de Bacillus subtilis (direita). (Imagem: David Baillot/UC San Diego Jacobs School of Engineering)

O TPU é utilizado em vários tipos de produtos, mas, até o momento, não havia uma forma eficaz de reciclá-lo. Os pesquisadores descobriram que as B. subtilis – associadas anteriormente à decomposição de plástico – poderiam tornar o material biodegradável, aumentando, também, sua resistência e elasticidade. A pesquisa foi publicada na revista Nature Communications.

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Novo plástico biodegradável leva poucos meses para se decompor

Estudos anteriores voltados à rápida degradação de plásticos trabalharam com enzimas bacterianas e fungos de solos e pilhas de composto. A nova pesquisa, entretanto, usou esporos bacterianos reavivados e decompostos com nutrientes e umidade. “Nosso material se decompõe mesmo sem a presença de micróbios adicionais”, explica Jon Poroski, cientista de polímeros da Universidade de San Diego, em comunicado.

Poroski diz que a capacidade de autodegradação em um ambiente livre de micróbios torna a tecnologia mais versátil, e faz uma grande diferença quando consideramos, por exemplo, o descarte desse tipo de plástico em níveis de desenvolvimento comercial.

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Han Sol Kim, co-autor do estudo. (Imagem: David Baillot/UC San Diego Jacobs School of Engineering)

Além da escolha da bactéria, outra etapa importante do processo foi testar a taxa de decomposição do material. Como revelou a equipe no estudo, 90% do plástico em condições ideais de compostagem desapareceu em cinco meses. Também foram identificados sinais de que certo nível de degradação poderia ocorrer em condições menos ideais.

“Um dos nossos próximos passos é ampliar o escopo de materiais biodegradáveis ​​que podemos fabricar com esta tecnologia”, completa Adam Feist, bioengenheiro da Universidade de San Diego.