O fim do Sol é imaginado na ficção há muito tempo e normalmente a morte na nossa estrela também indica a extinção da humanidade. Mas quando o astro central do nosso Sistema se for será mesmo o fim de tudo? E quando isso deve acontecer?

Uma pesquisa de 2021 publicada na Nature Astronomy calculou quando o Sol deve morrer. De acordo com os cientistas, o  astro-rei morrerá daqui a aproximadamente 10 bilhões de anos. Caso a humanidade sobreviva até lá e esteja na Terra, o processo deve ser bastante violento.

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Conceito artístico de uma forte erupção solar atingindo a Terra, elaborado com Inteligência Artificial (Imagem: Flavia Correia via DALL-E/Olhar Digital)

A morte do Sol

A maior probabilidade é que o Sol se transformará em uma gigante vermelha daqui a 5 bilhões de anos. Até lá, o núcleo da estrela encolherá, mas suas camadas externas se expandirão para a órbita de Marte, absorvendo a Terra no processo.

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De acordo com o estudo publicado na “Nature Astronomy”, o Sol tem maior probabilidade de encolher de uma gigante vermelha para se tornar uma anã branca.

De acordo com o IFL Science, com isso a vida não vai se extinguir completamente. Quando as gigantes vermelhas passarem para nova fase, em que perdem suas camadas e ficam com o núcleo comprimido, sendo chamadas de anãs brancas, os ventos estelares pararão e darão estabilidade à galáxia por bilhões de anos.

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O que acontece depois que o Sol morrer?

Isso torna o local ótimo para a prosperidade de uma vida nova, com características evolutivas diferentes, já que toda a dinâmica do Sistema Solar também vai mudar.

Mas a paz não vai durar para sempre, já que após a fase de anã branca, a nossa estrela deve se tornar uma nebulosa, o que pode marcar definitivamente a extinção da vida em nosso Sistema.

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Nebulosas são grandes nuvens encontradas no espaço interestelar formadas, majoritariamente, de poeira cósmica e gases, como hélio e hidrogênio.

Conceito artístico de uma poderosa erupção solar atingindo o planeta Mercúrio, elaborado com Inteligência Artificial. Crédito: Flavia Correia via DALL-E/Olhar Digital

“Nebulosas planetárias marcam o fim da vida ativa de 90% de todas as estrelas. Eles traçam a transição de uma gigante vermelha para uma anã branca degenerada. Modelos estelares previram que apenas estrelas acima de aproximadamente o dobro da massa solar poderiam formar uma nebulosa brilhante”, explicaram os cientistas na pesquisa.

Um dos autores do artigo, o astrofísico Albert Zijlstra, da Universidade de Manchester, no Reino Unido, contou que quando uma estrela morre, ela ejeta uma massa de gás e poeira – conhecida como seu envelope – para o espaço: “O envelope pode ter até metade da massa da estrela. Isso revela o núcleo da estrela, que neste ponto da vida da estrela está funcionando sem combustivel, acabou desligando e antes de morrer”.