Toda semana, no Programa Olhar Espacial, estudantes ligados a projetos astronômicos de todo o Brasil escolhem duas imagens que se destacaram na semana que passou. Esta semana, as imagens escolhidas foram obtidas e tratadas pelos próprios estudantes do da Escola Melquíades Vilar de Taperoá, na Paraíba, em um projeto de ciência cidadã do MCTI em parceria com o Observatório Las Cumbres. Confiram:
Remanescente de Supernova
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Na primeira imagem, podemos observar a Nebulosa do Caranguejo, também conhecida como M1 ou NGC 1952. Localizada a cerca de 6.500 anos-luz da Terra na constelação de Touro, a Nebulosa do Caranguejo é uma remanescente de supernova, ou seja, os restos de uma estrela que explodiu. A explosão foi observada por astrônomos chineses em 1054 d.C., e a nebulosa que ela criou continua a se expandir e brilhar até hoje. No centro da Nebulosa do Caranguejo encontra-se um pulsar, uma estrela de nêutrons girando rapidamente que emite pulsos de radiação eletromagnética.
Galáxias Interagindo
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Já a segunda imagem nos mostra a belíssima Galáxia do Rodamoinho, também conhecida como M51 ou NGC 5194, uma galáxia espiral localizada a cerca de 23 milhões de anos-luz da Terra na constelação de Canes Venatici. Interagindo gravitacionalmente com a galáxia anã NGC 5195, a Galáxia do Rodamoinho é uma das mais brilhantes e bem definidas galáxias espirais no céu noturno, sendo facilmente observável com pequenos telescópios. As cores da imagem evidenciam a estrutura da galáxia: as regiões azuis representam áreas de formação de estrelas jovens, enquanto as regiões mais vermelhas indicam a presença de poeira interestelar aquecida pela radiação das estrelas.
Quem escolheu
As imagens desta semana foram captadas e tratadas pelo professor Felipe Sérvulo e por estudantes da disciplina eletiva de astrofísica, do ensino fundamental e médio da Escola Melquíades Vilar de Taperoá, na Paraíba. A atividade foi realizada dentro do Projeto Imagens do Céu Profundo – LCO, que é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) que integra o Brasil ao projeto global 100 horas para 100 escolas, disponibilizando tempo de utilização de telescópios robóticos da rede Las Cumbres Observatory (LCO) a estudantes, professores e cientistas cidadãos no Brasil. Aos participantes é proporcionada a oportunidade de selecionar alvos e realizar observações astronômicas de maneira remota, com telescópios distribuídos por 6 diferentes sítios ao redor do globo em uma experiência muito semelhante à que os astrônomos profissionais têm ao operar esses observatórios.
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Abaixo, a lista dos estudantes envolvidos no projeto liderados pelo Professor Felipe Sérvulo:
- Albert Gean Evaristo de Oliveira
- Alexsandra Amaro Leite
- Alisson Gabriel Gomes dos Santos
- Ana Beatriz da Silva Lourenço
- Ana Letícia dos Santos Oliveira
- Clariana Vitória Cardoso Guimarães
- Dalton Emanuel da Silva Araújo
- Eduarda Gabrielly Vilar Silva
- Erasmo Victor Souza de Macedo
- Gilson José Moreira Costa
- Claucia Gisely Freitas de Farias
- Jefferson Júnior Paulo de Oliveira
- Jehnnifer Maria Farias de Gouveia
- Jéssica Maria Soares de Queiroz
- João Henrique da Silva Valentim
- José Gabriel de Brito Brandão
- Josenildo Maximino Campos Filho
- Júlio Cesar Moreira Costa
- Karla Emanuelly de Queiroz Silva
- Kleyton da Costa Silva
- Letícia Queiroz Farias Motta
- Louise Freires da Conceição
- Marcelo José Rufino de Souza
- Maria Clara do Nascimento Silva
- Maria Eduarda Pereira da Costa
- Maria Vitória Pereira
- Matheus Emanuel Lima Viturino
- Mayara Aparecida da Silva Pereira
- Mayara Maria da Silva Pereira
- Pablo Ryan Flor Gouveia
- Paulo Roberto de Queiroz Filho
- Pedro Henrique dos Santos Rufino
- Temistocles Danilo de Lima Oliveira
- Thalia da Silva Santos
- Wellington Gustavo Vilar Martins
- Yara Nunes de Araújo Barros