Imagem: reprodução/redes sociais
Um relatório da Organização Internacional de Migrações (OIM), órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), traz um dado alarmante. Em 2023, os desastres naturais obrigaram o deslocamento de milhões de pessoas, mais do que guerras, repressão ou violência.
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Segundo o levantamento, foram 75,9 milhões de pessoas que precisaram deixar suas casas em busca de abrigo no ano passado. Este é o maior número da história e não inclui os refugiados ou pessoas em situação similar que foram obrigados a trocar de país em função dos desastres.
O Relatório Global sobre Deslocamento Interno ainda mostra que as guerras, a repressão e a violência provocaram 20,5 milhões de deslocamentos. Desses, o Sudão foi responsável por quase 30%, enquanto a Faixa de Gaza respondeu por 17% deles.
Em relação aos desastres naturais, o documento afirma que quase 47 milhões de novos deslocamentos internos foram registrados apenas em 2023. A Organização Internacional de Migrações destacou que o levantamento é um “lembrete claro da necessidade urgente e coordenada de expandir a redução do risco de desastres, garantir a proteção dos direitos humanos e, sempre que possível, evitar o deslocamento antes que ele aconteça”.
De acordo com o órgão, desastres como o ciclone Freddy, no sudeste da África, terremotos na Turquia, Marrocos e na Síria e o ciclone Mocha no Oceano Índico levaram a 26,4 milhões de deslocamentos, representando 56% do total de novos deslocamentos internos em 2023.
Desastres naturais também foram registrados em países ricos. No Canadá, por exemplo, os incêndios florestais obrigaram 185 mil pessoas a deixarem suas regiões. O documento aponta que “nos próximos anos, espera-se que o número de pessoas deslocadas por desastres aumente à medida que a frequência, a duração e a intensidade dos riscos naturais piorarem”.
Ao divulgar o relatório, a Organização Internacional de Migrações citou as enchentes históricas que estão sendo registrados no Rio Grande do Sul como exemplo do impacto das mudanças climáticas. Lembrando que a tragédia climática no sul do Brasil só será incluída no levantamento do ano que vem. As informações são do UOL.
Esta post foi modificado pela última vez em 14 de maio de 2024 17:33