A Via Lactea está dentro do vazio de KBC (Crédito: Pablo Carlos Budassi via Wikimedia Commons ( CC BY-SA 4.0 ))
Enquanto um grupo de astrônomos investigava o desvio para o vermelho no Universo, em 1981, algo que não apareceu para eles durante as observações chamou a atenção. Eram esperadas galáxias, mas o que se viu foi enorme região do cosmos que parecia vazia.
[Descobrimos] que as distribuições do desvio para o vermelho em cada um dos três campos do norte mostravam uma lacuna idêntica de 6.000 [quilômetros por segundo]. Como esses campos estavam separados por ângulos de ~ 35°, isso sugeria a existência de um grande vazio na distribuição de galáxias de diâmetro angular pelo menos comparável.
Trecho do artigo publicado por astrônomos, em 1986
Quando os pesquisadores descobriram essa região do Universo, eles a definiram como de alta importância estatística, além de não apontar que ela não coincidia com nenhum modelo de crescimento do cosmos na época.
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Segundo a IFLScience, o grande vazio não implica com nenhuma das nossas ideias sobre a formação de galáxias, na verdade, acredita-se que ele tenha se formado a partir da fusão de vários vazios menores. No entanto, ainda é estranho pensar como seria observar o céu noturno dentro do Vazio de Boötes.
Até 2015, essa região foi o maior vazio que conhecemos. No entanto, enquanto pesquisadores observavam o ponto frio da radiação cósmica de fundo em micro-ondas em busca de uma explicação para sua existência, eles acabaram encontrando uma nova região vazia no Universo, dessa vez muito maior, medindo cerca de 1,8 bilhão de anos-luz de diâmetro e ocupando 1,91% do diâmetro do universo observável.
Esta post foi modificado pela última vez em 23 de maio de 2024 21:41