(Imagem: juan68 / Shutterstock.com)
Um estudo colaborativo da Oregon State University (OSU) e da Universidade de St Andrews, apoiado pela Fundação Nacional de Ciências dos EUA, revelou uma linha do tempo de 50.000 anos dos níveis de dióxido de carbono (CO2) atmosférico. Esta descoberta foi possibilitada pela análise de pequenas bolhas de gás presas no gelo da Antártica, especificamente do núcleo de gelo WAIS (West Antarctic Ice Sheet) Divide, que foi perfurado a uma profundidade de 3,2 km.
A Professora Assistente Kathleen Wendt, da OSU, autora principal do estudo, enfatizou a taxa sem precedentes de aumento de CO2 atualmente. “A taxa de mudança de CO2 hoje realmente é sem precedentes”, afirmou Wendt. A pesquisa foi publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
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Uma grande preocupação é o impacto potencial na capacidade do Oceano Antártico de absorver CO2. À medida que o clima aquece, espera-se que os ventos oeste do Hemisfério Sul se fortaleçam, reduzindo a capacidade do Oceano Antártico de sequestrar o CO2 gerado pelo homem. Essa redução pode levar a um perigoso ciclo de feedback, exacerbando o aquecimento global.
“Dependemos do Oceano Antártico para absorver parte do dióxido de carbono que emitimos, mas o rápido aumento dos ventos do sul enfraquece sua capacidade de fazer isso”, explicou Wendt.
Os resultados destacam a importância de compreender as flutuações históricas de CO2 para prever melhor a dinâmica climática futura e direcionar intervenções de forma eficaz.
Esta post foi modificado pela última vez em 14 de maio de 2024 17:39