Diversas pesquisas têm mostrado que os neandertais eram muito mais evoluídos e próximos ao Homo sapiens do que se pensava até então. Mas será que nossos parentes distantes eram capazes de dominar a fala?

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Capacidade de fala articulada

  • Pesquisadores sugerem que a capacidade de falar é anterior à separação entre humanos modernos e neandertais.
  • Isso significa que o nosso último ancestral já possuía a fala articulada.
  • Uma das evidências mais convincentes para apoiar essa teoria é que H. sapiens e neandertais compartilham duas mutações evolutivas em um gene chamado FOXP2.
  • Ele está associado ao controle dos músculos da boca e da face que ajudam a produzir a fala.
  • No entanto, é preciso estabelecer uma diferença entre a fala (capacidade de emitir sons e palavras) e a linguagem (uso dos sons para compartilhar ideias).
  • As informações são do Live Science.
Representação de mulher neandertal (Imagem: BBC Studios/Jamie Simonds/Netflix)

Linguagem

Pesquisadores propuseram que os humanos evoluíram através de fenótipos diferentes de compreensão de linguagem. O mais avançado, que é o que a maioria das pessoas possuem, é a linguagem sintática. Ela transmite narrativas complexas, usa pronomes possessivos e inclui tempos verbais e preposições espaciais.

Um fenótipo de compreensão de linguagem menos complexo, chamado linguagem modificadora, inclui uma compreensão de cores, tamanhos e números. Ela envolve apenas a compreensão de comandos e provavelmente evoluiu logo depois que nos separamos dos chimpanzés, há seis milhões de anos.

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A linguagem modificadora evoluiu gradualmente quando os humanos começaram a fabricar ferramentas de pedra, seguida pela aquisição da linguagem sintática há apenas 70.000 anos. Dessa forma, os neandertais provavelmente falavam como uma criança de 3 anos, sem a compreensão de linguagem sintática.

Apesar da teoria ser bem aceita, ainda há alguma incerteza sobre as habilidades linguísticas dos neandertais. Os especialistas parecem concordar que os nossos antepassados tinham, no mínimo, um sistema de comunicação muito mais complexo do que o de qualquer espécie viva de macaco ou primata.