Um dos maiores estúdios de animação do mundo, a Pixar acaba de anunciar a demissão de 175 pessoas, o que representa 14% do total de funcionários da empresa.

Em um memorando enviado aos colaboradores na terça-feira (21), o presidente da companhia, Jim Morris, afirmou que os cortes foram a decisão mais difícil que ele já precisou tomar. O comunicado diz ainda que a Pixar passa por uma fase de reformulação e que o novo foco do estúdio será voltar a fazer longas-metragens apenas.

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Muitos dos funcionários já sabiam que seriam mandados embora. Isso porque a Pixar é controlada atualmente pela Disney e a empresa do Mickey vem adotando essa política desde o ano passado.

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Em fevereiro, o chefão do grupo, Bob Iger, chegou a dar um número em uma teleconferência de resultados: ele falou em um corte de 7 mil pessoas. Declarou que a mudança seria “necessária para enfrentar os desafios que enfrentamos hoje”.

Iger acrescentou, à época, que pretendia economizar US$ 5,5 bilhões em custos – e as demissões o ajudariam a conseguir isso.

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CEO da Disney, Bob Iger, durante entrevista, com logomarca da The Walt Disney Company ao fundo
O CEO da Disney, Bob Iger (Imagem: Divulgação/Disney)

Papel do streaming

  • O corte na Pixar tem muito a ver com o desaquecimento do mercado de streaming.
  • Ao anunciar que o estúdio iria voltar a focar apenas em longas-metragens, o executivo disse, nas entrelinhas, que as produções exclusivas da Pixar no Disney+ vão acabar.
  • Especialistas estimam que a Disney tenha um prejuízo operacional de cerca de US$ 1,1 bilhão nesse segmento.
  • Isso inclui não apenas o Disney+, mas também outras plataformas da marca, como o Hulu.
  • Bob Iger até tentou aumentar o número de assinantes, mas as inscrições não passaram das 200 mil nos Estados Unidos e Canadá – número considerado pequeno.
  • Sem as contas equilibradas, o caminho que restou foi o das demissões.
  • A Pixar até que segurou bastante essa onda de cortes, uma vez que havia alguns projetos em andamento.
  • A manutenção dos funcionários, porém, não se sustentou.
  • A ideia é que a equipe mais enxuta volte a entregar grandes sucessos como antigamente.
  • Essa lista de antigos sucessos conta com Toy Story, Monstros S.A. e Procurando Nemo – todos feitos para a telona.
Toy Story, para muito um dos melhores filmes da pixar
Imagem: Pixar/Divulgação

A próxima aposta do estúdio

Enquanto não entrega nenhuma grande história original, a Pixar vai recorrer a uma fórmula que deu muito certo. O estúdio lança no mês que vem a segunda parte de Divertida Mente, considerado um dos maiores sucessos recentes da empresa.

O primeiro filme da franquia foi lançado em 2015 e arrecadou US$ 858,8 milhões em bilheterias globais. Fazendo a conversão, estamos falando em mais de R$ 4 bilhões.

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Sucesso de público e crítica, o longa venceu o Oscar de 2016 na categoria de Melhor Animação, além de receber indicação para Melhor Roteiro Original.

Divertida Mente 2 vai trazer novas emoções, que acompanham o desenvolvimento da agora adolescente Riley. Destaque para a ansiedade, que vem ganhando a internet antes mesmo da estreia do longa.

Divertida Mente 2 tem estreia prevista para o dia 20 de junho aqui no Brasil.

As informações são do The Verge.