Imagem: Gustavo Mansur/Palácio Piratini
A tragédia climática que atinge o Rio Grande do Sul também gera graves impactos sanitários. O governo gaúcho confirmou duas mortes por leptospirose. As vítimas tinham 33 e 67 anos e viviam nos municípios de Venâncio Aires e Travesseiro, respectivamente.
Leia mais
O aumento dos casos da doença já tem sido registrado e preocupa as autoridades de saúde do Rio Grande do Sul. O principal fator de risco é o contato com a água das cheias, que ainda está presente em boa parte do estado.
A leptospirose é causada pela bactéria leptospira, presente na urina de ratos e transmitida pelo contato com água ou solo contaminados. A bactéria pode se manter viva na água da chuva e também pode permanecer nos resíduos úmidos, como a lama.
A leptospira penetra no organismo humano através de feridas na pele. Ela ainda pode entrar pelas mucosas da boca e dos olhos. Embora seja possível, a transmissão entre pessoas é bastante rara.
Os especialistas alertam que a doença pode ser fatal. Geralmente, os sintomas da leptospirose costumam regredir depois de alguns dias, mas ainda assim existe a possibilidade de o quadro evoluir e causar até a falência de órgãos.
Na maioria das vezes, no entanto, a leptospirose é assintomática. Quando se manifesta, seus sintomas mais comuns são febre alta, mal-estar e dor muscular (principalmente na cabeça e no tórax), que normalmente regridem em três ou quatro dias. Algumas pessoas podem ter diarreia, náuseas, calafrios.
Em aproximadamente 15% dos pacientes, ela evolui para manifestações mais graves, que ocorrem geralmente após a primeira semana. As mais clássicas são icterícia (presença de uma cor amarelada na pele, membranas, mucosas e olhos), complicações renais, torpor e coma.
Em caso de qualquer um dos sintomas a recomendação é procurar atendimento médico urgentemente. O tratamento da doença inclui o uso de antibióticos e outros medicamentos. Não existe vacina para humanos, apenas para animais.
Esta post foi modificado pela última vez em 22 de maio de 2024 09:39