Para quem não sabe, as urnas eletrônicas usadas nas eleições aqui no Brasil passam regularmente por testes de segurança. E qualquer pessoa com mais de 18 anos pode buscar a Justiça Eleitoral para conhecer o sistema e até verificar os processos.

Neste ano, os testes ficaram a cargo de investigadores da Polícia Federal e especialistas da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Esse grupo contou ainda com o apoio de 7 pesquisadores do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores (Larc) da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

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O procedimento é adotado desde 2019 e ocorre em duas etapas. A primeira, chamada de Teste Público de Segurança da Urna, acontece um ano antes do pleito. Já a segunda, a Etapa de Confirmação, ocorre a alguns meses da eleição.

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Na primeira parte, técnicos e hackers tentam burlar o sistema utilizado. Se encontrada alguma brecha, a Justiça Eleitoral tem alguns meses até a segunda etapa, quando é feito um novo teste, já com os ajustes feitos.

Transmissão ao vivo

  • Se você ainda acredita em fraude nas urnas eletrônicas, é melhor que pare de se informar apenas pelos grupos de WhatsApp
  • Como disse, você pode se inscrever para participar do processo de averiguação.
  • Não quer ir para Brasília por que é longe? Tem a opção de acompanhar esses testes online.
  • O último, realizado entre os dias 15 e 17 de maio, teve transmissão em tempo real do TSE no YouTube:
  • Foram testados (e aprovados) os seguintes itens:
  • Gerenciador de Dados; Aplicativos e Interface com a Urna Eletrônica; Software de Carga; Software de Votação; Sistema de Apuração; e Kit JE-Connect.

Palavra de especialistas

O professor Marcos Simplicio, da Poli-USP, participou dos testes da semana passada e elogiou as urnas.

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Ele explicou que o sistema eleitoral funciona a partir de um programa que roda a votação em si. Esse programa, porém, não fica em ambiente online; ele é colocado por meio de um pen drive. Ou seja, a urna não pode sofrer um ataque hacker, pois ela fica isolada.

Urnas
As eleições municipais deste ano estão marcadas para 6 de outubro (Imagem: rafapress / Shutterstock)

Vale destacar que os testes não encontraram falhas relacionadas nem com a segurança nem a privacidade dos votos. O que aconteceu foi uma das máquinas não ligar – o que foi solucionado nessa segunda etapa.

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De acordo com o professor, é verdade que não existe um sistema que seja 100% seguro, mas o intuito de todos esses processos e testes é chegar no máximo possível de segurança que possa ser ofertado.

“O objetivo é buscar sempre o máximo possível de excelência, sabendo que ainda podem ter pontos a melhorar. Por isso os testes são feitos e repetidos todos os anos, para que se tenha a certeza de que o sistema é seguro”, concluiu.

As informações são do Jornal da USP.