O Brasil enfrenta uma epidemia de dengue sem precedentes na história do país. Por isso, todas as opções para combater o Aedes aegypti são válidas. Entre elas está o uso de drones para identificar criadouros do mosquito transmissor da doença em São Carlos, no interior de São Paulo.

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Drones irão ajudar a localizar possíveis criadouros de dengue em São Carlos, em São Paulo (Imagem: divulgação/prefeitura de São Carlos)

Mapeamento feito por drones irá auxiliar no combate ao mosquito

Os drones começaram a ser utilizados nesta segunda-feira (27) e têm como objetivo mapear e monitorar imóveis fechados ou nos quais os agentes sanitários não têm permissão para entrar. A expectativa é que sejam cobertos 120 km², abrangendo toda a cidade e os distritos de Santa Eudóxia e Água Vermelha.

Segundo a Vigilância em Saúde, as imagens aéreas darão maior agilidade ao trabalho dos agentes de endemia na identificação de locais propícios ao desenvolvimento dos mosquitos. Apesar de 85% dos criadouros estarem em residências, 30% deles não são acessados pelas autoridades em função da recusa de moradores do locais.

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Com base no mapeamento fotográfico feito pelos drones, a prefeitura irá notificar os moradores ou proprietários dos imóveis para que façam a eliminação dos possíveis criadouros.

De acordo com os dados mais recentes, São Carlos tem 4.626 casos de dengue confirmados. Os bairros com maior incidência de diagnósticos são Cidade Aracy, Boa Vista e Santa Felícia.

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Mosquito Aedes aegypti é o responsável por transmitir a doença (Imagem: Tacio Philip Sansonovski/Shutterstock)

Mais de cinco milhões de casos no Brasil

  • Segundo o mais recente balanço divulgado pelo painel de Monitoramento das Arboviroses, do Ministério da Saúde, em menos de seis meses neste ano, o Brasil já registra mais do que o triplo de todos os casos contabilizados em 2023.
  • São 5.408.336 diagnósticos e 3.086 mortes confirmadas desde o início do ano.
  • A taxa de letalidade em casos leves está em 0,06%.
  • Já em casos graves é de preocupantes 4,84%.
  • Os números revelam que a faixa etária mais afetada é a de 20 a 29 anos, seguida pelas faixas de 30 a 39, 40 a 49 e 50 a 59 anos.
  • As crianças menores de um ano, juntamente com pessoas acima dos 80 anos, formam os grupos menos atingidos.
  • Além disso, mais da metade dos casos são em mulheres.