Estrutura misteriosa de quatro mil anos tem origem revelada na Inglaterra

A estrutura foi erguida em 2.049 a.C. e é formada por um toco de carvalho virado para cima e cercado por 55 troncos
Por Alessandro Di Lorenzo, editado por Lucas Soares 03/06/2024 14h55, atualizada em 04/06/2024 22h01
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Uma misteriosa estrutura da Idade do Bronze encontrada em uma praia em Norfolk, na Inglaterra, intriga os historiadores há anos. O mistério, no entanto, pode ter chegado ao fim. Uma nova pesquisa sugere que o monumento, chamado de “Seahenge”, foi criado em uma época em que invernos rigorosos assolavam a região.

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Método de construção chama atenção

  • A estrutura teria sido erguida em 2.049 a.C. e é formada por um toco de carvalho virado para cima e cercado por 55 troncos divididos da mesma madeira.
  • Ela foi construída sobre um pântano de sal longe da costa, protegido por dunas de areia e planícies de lama.
  • No pântano, as madeiras foram cobertas por turfa para proteger o material da decomposição.
  • Por milhares de anos, lodo e areia se acumularam na região, o que acabou encobrindo o monumento.
Estrutura pode ser visitada em museu da Inglaterra (Imagem: Museu Lynn)

Seahenge está em exibição no Museu Lynn

De acordo com um novo estudo, publicado no GeoJournal, a forma como foi construída a estrutura tinha um motivo claro: servir de medidor das mudanças climáticas. Os historiadores afirmam que o período foi marcado pela diminuição das temperaturas e por invernos rigorosos.

Segundo a pesquisa, as madeiras foram derrubadas durante a primavera e organizadas para se alinhar com o nascer do sol no solstício de verão, que simbolizava a fertilidade. Os pesquisadores afirmam que o monumento foi projetado para “capturar” e estender o verão, afastando todas as dificuldades provenientes do frio.

Evidências ainda sugerem que rituais de sacrifício eram realizados no local a cada oito anos. Dessa forma, a construção tinha um significado espiritual, além de ser uma tentativa de acabar com o clima frio. Atualmente, o Seahenge está em exibição no Museu Lynn.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.