Lula mais “brilhante” do mundo é flagrada em vídeo inédito; veja

A lula-luminescente-de-mar-profundo é responsável por produzir a maior luz biológica do reino animal e vive em grandes profundidades
Alessandro Di Lorenzo03/06/2024 11h28
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Imagem: Schmidt Ocean Institute
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Um registro impressionante foi feito pela Fundação Minderoo em conjunto com o Centro de Pesquisa de Mar Profundo da Universidade do Oeste da Austrália. Eles conseguiram capturar imagens de uma das espécies mais misteriosas do mundo a mil metros de profundidade, no Oceano Pacífico.

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Lula-luminescente-de-mar-profundo é um dos animais mais raros do mundo (Imagem: National Maritime Historical Society)

Animal é capaz de produzir luz biológica de grande intensidade

  • A lula-luminescente-de-mar-profundo (Taningia danae) é responsável por produzir a maior luz biológica do reino animal e vive em grandes profundidades.
  • O animal foi registrado com uma câmera de queda livre equipada com iscas.
  • O equipamento foi levado até o fundo do mar próxima à Passagem Samoana, região ao norte das ilhas de Samoa.
  • O grande cefalópode se alimenta de crustáceos, peixes pelágicos e outros tipos de lula.
  • Seu tamanho pode chegar a 2,3 metros de comprimento.
  • A fêmea registrada no vídeo, no entanto, tinha apenas 75 centímetros.

Veja o vídeo da lula abaixo:

A luz é usada para atordoar presas

O vídeo mostra a lula surgindo em meio à escuridão e indo em direção à câmera. O animal “ataca” o objeto e então foge rapidamente. Durante este movimento, o cefalópode deixa à mostra um par de órgãos bioluminescentes (chamados fotóforos) na ponta de seus tentáculos.

Pesquisadores explicam que a espécie possui os maiores fotóforos do reino animal. Eles, no entanto, raramente são vistos.

Os cientistas acreditam que estes animais usem o “brilho” para atordoar presas. Outra possibilidade é que o mecanismo sirva para comunicação com outros indivíduos da mesma espécie.

Os padrões de luz podem ser modificados pela lula através do controle de uma membrana semelhante a uma pálpebra, cobrindo e descobrindo cada fotóforo. A maioria dos registros deste animais é feita com espécimes encalhados em praias, pescados por acidente ou encontrados no estômago de baleias.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.

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