Muitos pensam que para garantir recuperação do câncer é preciso apostar em abordagens agressivas. Cirurgia, sessões recorrentes de quimioterapia e medicamentos pesados são partes essenciais do tratamento. Mas o futuro pode ser outro! Segundo especialistas, menos intensidade nas terapias pode melhorar a qualidade de vida sem prejudicar a recuperação da doença.

Essa tendência foi assunto da conferência da American Society of Clinical Oncology em Chicago. Durante o evento, cientistas apresentaram novos estudos que comprovam como menos é mais no tratamento contra o câncer.

publicidade

Tratamento menos agressivo funciona contra o câncer de ovário, esôfago e linfoma de Hodgkin

  • A conferência de oncologia apresentou três principais estudos sobre os benefícios de reduzir a intensidade de tratamentos contra o câncer.
  • No caso do câncer de ovário, uma pesquisa francesa descobriu que menos cirurgias extremas podem manter uma expectativa de vida com menos complicações.
  • Em outra pesquisa, a maioria dos pacientes (57%) com câncer de esôfago que passaram por quimioterapia e cirurgia sobreviveu, enquanto 51% daqueles que fizeram o mesmo processo, mais a radioterapia, permaneceram vivos.
  • O linfoma de Hodgkin também teve resultados semelhantes: 94% dos pacientes expostos a tratamento menos agressivo mantiveram a doença controlada, comparado com 91% que enfrentaram terapias mais intensas.
  • As pesquisas são do Instituto Nacional do Câncer da França, Fundação Alemã de Pesquisa e da Takeda Oncology, respectivamente.

Leia mais:

Por que atacar menos o câncer está dando certo?

Os tratamentos menos agressivos contra o câncer geralmente dão certo porque cada vez mais medicamentos aprimorados estão disponíveis no mercado. Assim como terapias menos invasivas são criadas e pesquisas encontram novas informações valiosas sobre a doença.

publicidade

“O tratamento do câncer não está apenas se tornando mais eficaz, mas também mais fácil de tolerar e com menos complicações ao longo do tempo”, explica Dr. William G. Nelson, da Escola de Medicina Johns Hopkins para o New Atlas. Se esse avanço continuar, pode ser que no futuro a luta contra o câncer seja menos árdua e termine em uma cura completa.