Se tem uma tecnologia que caiu rapidinho no gosto dos brasileiros é o Pix. É tudo muito prático, gratuito, 24 horas e com bloqueios de segurança parecidos com TED e DOC. Afinal, você consegue ver os dados de quem está recebendo a transferência e sempre gera um comprovante. Um problema, claro, é a transferência sob coação de criminosos, algo parecido com o saque sob coação em caso de assalto.

Mas o avanço da tecnologia, que é algo positivo, trouxe um efeito colateral gerado por golpistas. Criminosos se aproveitam da tecnologia para aplicar fraudes como nunca. Tudo atingiu um outro nível. É possível clonar a voz e até fazer vídeos falsos, as famosas “deep fakes“. Alguém pode se passar por você para pedir dinheiro a entes queridos.

publicidade

O colunista do Olhar Digital Alvaro Machado Dias falou quais golpes têm ficado mais comuns e explicou como nos proteger. 

No caso do Pix, o que acontece é o seguinte: as transferências são imediatas, né? Elas não são intermediadas. Consequentemente, é muito mais difícil o resgate, você reaver o dinheiro. A grande questão é a seguinte: é possível fazer uma reversão desse processo, dessa transferência até um determinado número de contas, até ele circular num determinado número de contas. […] A partir de cinco movimentações, é muito difícil você reverter. Ou seja, imagina que uma pessoa transferiu o dinheiro da sua conta para uma segunda conta de maneira criminosa, e dessa segunda conta, o dinheiro foi para uma terceira, uma quarta e uma quinta. A partir dali, a rastreabilidade basicamente se torna nula.
Alvaro Machado Dias

A coluna Olhar do Amanhã, com o neurocientista e futurista Alvaro Machado Dias, é exibida toda quarta-feira durante o Olhar Digital News. Acompanhe!