IA pode ser a solução para acabar com testes em animais

Softwares de inteligência artificial podem fornecer dados sobre substâncias químicas para evitar experimentos com animais
Por Ana Julia Pilato, editado por Bruno Ignacio de Lima 06/06/2024 14h17
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(Imagem: unoL/Shutterstock)
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Softwares de IA podem ser a solução para reduzir testes em animais. O AnimalGAN, por exemplo, desenvolvido pela Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, foi treinado com dados de 6.442 camundongos de laboratório em mais de 1.300 cenários de testes de substâncias e tratamentos.

Entenda:

  • A IA pode ser uma opção contra os testes em animais;
  • Treinadas com dados de testes anteriores, as aplicações de IA podem determinar a toxicidade de certas substâncias químicas;
  • Além disso, os softwares também evitam que testes já realizados sejam feitos novamente sem necessidade;
  • Sistemas de software já são usados ​​há muito tempo na toxicologia, mas a IA pode oferecer avanços significativos;
  • As informações são da BBC.
IA pode ser aliada contra testes em animais. (Imagem: Shutterstock/Adisak Riwkratok)

Centenas de novas substâncias químicas chegam ao mercado ano após ano, e, com o apoio das aplicações de IA, é possível determinar a toxicidade de algumas delas – além de reunir resultados globais sobre testes já realizados para evitar que sejam conduzidos novamente sem necessidade.

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À BBC, Thomas Hartung, professor de toxicologia na Universidade Johns Hopkins, explica que softwares já são usados ​​há muito tempo na toxicologia, mas, com a IA, seria possível alcançar avanços significativos. “Ter ferramentas nas quais podemos pressionar um botão e obter uma avaliação preliminar, com alguns sinais de onde está o problema, seria extremamente útil.”

Laboratório de biotecnologia
Softwares reúnem milhares de dados de testes de substâncias. (Imagem: Stock-Asso/Shutterstock)

As aplicações de IA não são completamente infalíveis. Se o algoritmo for treinado, por exemplo, com dados de saúde de um grupo étnico predominante, há o risco de que os resultados não sejam aplicáveis a outros grupos. Entretanto, como reforça Hartung, os próprios testes de medicamentos humanos em animais também podem apresentar falhas.

“Sabemos que a utilização de animais como modelos para a proteção da saúde humana e do ambiente é uma ciência ultrapassada, e esperamos que, em última análise, a IA possa desempenhar um papel na transição da utilização de animais em qualquer teste ou experiência”, completa Emma Grange, do grupo Cruelty Free International, na reportagem.

Ana Julia Pilato
Colaboração para o Olhar Digital

Ana Julia Pilato é formada em Jornalismo pela Universidade São Judas (USJT). Já trabalhou como copywriter e social media. Tem dois gatos e adora filmes, séries, ciência e crochê.

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Com 10 anos de experiência, é especialista na cobertura de tecnologia. Atualmente, é editor de Dicas e Tutoriais no Olhar Digital.