Softwares de IA podem ser a solução para reduzir testes em animais. O AnimalGAN, por exemplo, desenvolvido pela Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, foi treinado com dados de 6.442 camundongos de laboratório em mais de 1.300 cenários de testes de substâncias e tratamentos.

Entenda:

publicidade
  • A IA pode ser uma opção contra os testes em animais;
  • Treinadas com dados de testes anteriores, as aplicações de IA podem determinar a toxicidade de certas substâncias químicas;
  • Além disso, os softwares também evitam que testes já realizados sejam feitos novamente sem necessidade;
  • Sistemas de software já são usados ​​há muito tempo na toxicologia, mas a IA pode oferecer avanços significativos;
  • As informações são da BBC.
IA pode ser aliada contra testes em animais. (Imagem: Shutterstock/Adisak Riwkratok)

Centenas de novas substâncias químicas chegam ao mercado ano após ano, e, com o apoio das aplicações de IA, é possível determinar a toxicidade de algumas delas – além de reunir resultados globais sobre testes já realizados para evitar que sejam conduzidos novamente sem necessidade.

Leia mais:

publicidade

Testes em animais podem ser evitados com IA

À BBC, Thomas Hartung, professor de toxicologia na Universidade Johns Hopkins, explica que softwares já são usados ​​há muito tempo na toxicologia, mas, com a IA, seria possível alcançar avanços significativos. “Ter ferramentas nas quais podemos pressionar um botão e obter uma avaliação preliminar, com alguns sinais de onde está o problema, seria extremamente útil.”

Laboratório de biotecnologia
Softwares reúnem milhares de dados de testes de substâncias. (Imagem: Stock-Asso/Shutterstock)

As aplicações de IA não são completamente infalíveis. Se o algoritmo for treinado, por exemplo, com dados de saúde de um grupo étnico predominante, há o risco de que os resultados não sejam aplicáveis a outros grupos. Entretanto, como reforça Hartung, os próprios testes de medicamentos humanos em animais também podem apresentar falhas.

publicidade

“Sabemos que a utilização de animais como modelos para a proteção da saúde humana e do ambiente é uma ciência ultrapassada, e esperamos que, em última análise, a IA possa desempenhar um papel na transição da utilização de animais em qualquer teste ou experiência”, completa Emma Grange, do grupo Cruelty Free International, na reportagem.