Diabetes: injeções de insulina podem ser substituídas por novo método

Novo método seria alternativa para quem possui diabetes e não é muito fã das injeções que precisam ser aplicadas diariamente
Por Leandro Costa Criscuolo, editado por Lucas Soares 07/06/2024 16h14
conta gotas
Imagem: Brian A Jackson/Shutterstock
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Pessoas diabéticas por vezes ficam insatisfeitas pela frequência que precisam passar pelo procedimento invasivo que é tomar injeções com insulina. Essa realidade pode mudar, após especialistas desenvolverem um novo método de administração de insulina em que os usuários apenas colocam algumas gotas debaixo da língua.

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No estudo, conduzido por cientistas da Universidade da Colúmbia Britânica (UBC), desenvolveu um novo sistema que ainda pode ser chamado de insulina oral, apesar de não ser engolido pelo paciente.

O procedimento consiste em administrar a insulina em forma de gotas colocadas debaixo da língua, um método conhecido como administração sublingual, útil para medicamentos que não sobrevivem ao estômago.

O procedimento é eficaz porque o tecido sob a língua contém muitos capilares, permitindo que a droga se difunda rapidamente na corrente sanguínea.

Pesquisa tem potencial de inovar o tratamento de diabetes – Imagem: Proxima Studio – Shutterstock

Normalmente, esse método não funcionaria bem com a insulina porque é uma molécula grande que não consegue passar facilmente pelas células. Para resolver essa questão, a equipe combinou a insulina com um peptídeo de penetração celular (CPP), feito de subprodutos de peixe, que torna as células mais porosas.

“Pense nisso como um guia que ajuda a insulina a navegar por um labirinto para chegar rapidamente à corrente sanguínea”, disse o Dr. Jiamin Wu, pesquisador do estudo. “Este guia encontra as melhores rotas, tornando mais fácil para a insulina chegar onde precisa.”

Testes com gotas de insulina se mostraram positivos

  • Durante a pesquisa, a equipe científica testou a técnica em ratos.
  • Quando combinada com CPP, a insulina atingiu com sucesso a corrente sanguínea e controlou os níveis de glicose no sangue tão bem quanto a insulina administrada por injeção.
  • Sem o peptídeo guia, a insulina tendia a ficar presa na mucosa da boca.

Os pesquisadores trabalham atualmente no licenciamento da tecnologia para parceiros comerciais.

insulina
Gotas de insulina colocadas debaixo da língua substituiriam as injeções – Imagem: Click and Photo/Shutterstock
Leandro Costa Criscuolo
Colaboração para o Olhar Digital

Leandro Criscuolo é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Já atuou como copywriter, analista de marketing digital e gestor de redes sociais. Atualmente, escreve para o Olhar Digital.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.