Pode parecer impensável imaginar Elon Musk longe de sua principal empresa, mas o presidente da Tesla, Robyn Denholm, disse que o bilionário pode deixar o comando da companhia caso um novo pacote salarial de US$ 56 bilhões seja rejeitado pelos acionistas.

Segundo o The Guardian, as informações estão em uma carta enviada pelo presidente aos investidores. Caso aprovado, esse seria o maior valor já acordado como pagamento para um CEO na história dos Estados Unidos. A quantia chegou a ser aprovada em 2018, mas foi anulada por um juiz, e agora deve passar novamente por votação.

publicidade

Leia mais

Denholm disse que Musk tem mais o que fazer com seu tempo e caso os acionistas não aprovem o valor, o bilionário pode preferir deixar o cargo de CEO da Tesla para focar em suas outras companhias. O presidente afirmou ainda que a votação da próxima semana “obviamente não é sobre dinheiro” e sim sobre a confiança dos investidores no chefe da empresa.

publicidade

Elon Musk pode deixar a Tesla?

“O que reconhecemos em 2018 e continuamos a reconhecer hoje é que uma coisa que Elon certamente não tem é tempo ilimitado. Ele também não enfrenta escassez de ideias e de outros lugares onde possa fazer uma diferença incrível no mundo”, escreveu Denholm. “Queremos que essas ideias, essa energia e esse tempo estejam na Tesla , para o benefício de vocês, nossos proprietários. Mas isso requer respeito recíproco.”

elon musk tesla
(Imagem: Muhammad Alimaki / Shutterstock.com)

A carta é datada de 5 de junho e a votação está marcada para o dia 13. Algumas das empresas de consultoria mais importantes dos Estados Unidos, como a ISS, recomendaram o voto contra a aprovação, por considerarem o valor excessivo, mesmo que o montante inclua bônus e outros benefícios. 

publicidade

“Portanto, cumprir a nossa parte no acordo, ratificando a decisão que todos tomamos em 2018, é mais importante do que nunca. Se Tesla quiser reter a atenção de Elon e motivá-lo a continuar a dedicar o seu tempo, energia, ambição e visão para entregar resultados comparáveis ​​no futuro, devemos manter o nosso acordo”, finaliza a carta.