Nos Estados Unidos, dois pacientes diagnosticados com Alzheimer experimentaram a regressão dos sintomas da doença após adotarem um estilo de vida mais saudável. O caso foi divulgado por um documentário da CNN.

Ambos fizeram parte de um ensaio clínico que buscou entender como mudanças de hábitos do dia a dia afetam o comprometimento cognitivo leve ou a demência precoce associada ao Alzheimer. Os resultados ainda não foram publicados.

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Estilo de vida saudável reverte sintomas de Alzheimer em novo estudo

  • Cici Zerbe e Simon Nicholls são dois pacientes diagnosticados com Alzheimer que afirmam ter vencido a doença com mudanças no estilo de vida.
  • A dupla começou uma dieta baseada em vegetais, manteve a prática de exercícios regulares, participou de sessões de apoio em grupo, yoga e meditação, entre outras mudanças.
  • Nicholls teve o resultado mais surpreendente. Ele tem duas cópias de uma variante genética chamada ApoE4, que aumenta o risco da doença em 12 vezes.
  • Porém, mesmo assim, cerca de 14 meses de mudanças de hábito resultaram no desaparecimento dos biomarcadores do Alzheimer e uma reversão significativa dos sintomas.
  • A regressão da doença pode estar relacionada à redução de fatores de risco, como a obesidade e a hipertensão, que foram tratados com o estilo de vida mais saudável.
  • Detalhes sobre o caso devem ser relatados quando o estudo que acompanhou os voluntários for publicado.

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Como um estilo de vida saudável pode “curar” o Alzheimer?

Como dito antes, adotar um estilo de vida mais saudável está relacionado com a redução de fatores de risco associados ao Alzheimer. Ou seja, ao cuidar de outras condições que podem aumentar o risco da doença, você consequentemente impede que a mesma progrida rapidamente.

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Por exemplo, doenças cardiovasculares são um fator de risco do Alzheimer, pois impedem um fluxo adequado de energia e oxigênio para o cérebro. No caso de Nicholls, pode-se afirmar que uma rotina de exercícios regulares resultou na melhoria da saúde do coração e, consequentemente, na regressão dos sintomas da doença.

Foto: Marcos Santos / USP Imagens

Ele também eliminou açúcar, álcool e alimentos processados de sua dieta, optando pela dieta mediterrânea, rica em antioxidantes que protegem as células cerebrais contra danos. A adesão a essa dieta mostrou reduzir o risco de demência em 23% em outros estudos. Até mesmo a melhora no padrão de sono foi essencial, já que pode ajudar a eliminar proteínas tóxicas do cérebro.

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Os resultados da dupla Cici Zerbe e Simon Nicholls são promissores, mas é importante lembrar que são baseados em casos individuais e mais pesquisas são necessárias para confirmar a eficácia das mudanças no estilo de vida na reversão da progressão do Alzheimer.