As vendas de carros elétricos da Tesla caíram a ponto da produção superar a demanda. Resultado: a empresa está com tantos carros encalhados (leia-se: não vendidos) que o acumulado é visível do espaço.
Imagens de satélite dão dimensão do problema da Tesla em 2024
- As vendas de carros elétricos da Tesla caíram significativamente. Resultado: a empresa de Elon Musk está com tantos carros encostados que dá para ver o acumulado do espaço;
- Uma reportagem do Sherwood traz imagens de satélite (capturadas em março de 2024) que mostram como os estacionamentos da Gigafactory da Tesla, no Texas, estão consideravelmente mais cheios de carros não vendidos em comparação a outubro de 2023;
- 2024 tem sido um ano desafiador para a Tesla, com investidores preocupados e uma desaceleração na demanda por veículos elétricos, agravada pela concorrência de alternativas mais baratas, especialmente da China;
- Além disso, o comportamento de Musk tem afastado possíveis compradores. Em paralelo, o CEO tem investido seu tempo e atenção em outras empreitadas. A votação sobre seu pacote de remuneração de US$ 56 bilhões, agendada para esta semana, pode determinar o futuro de Musk na Tesla.
É o que mostra uma reportagem do site Sherwood, que usou imagens de satélite e análises de detecção de objetos do SkyFi para espiar, de cima, a Gigafactory da Tesla, nos arredores de Austin, no Texas (EUA).
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Tesla acumula problemas e carros sem vender em 2024
Ao comparar uma quinta-feira de outubro de 2023 com uma quinta-feira de março de 2024, dá para notar que os estacionamentos destacados em verde nas imagens acima estão mais cheios. Consideravelmente mais cheios, diga-se.
Este tem sido um “ano de pesadelo” para a Tesla, a ponto de investidores estarem cautelosos com o que está por vir. Além disso, o CEO da empresa, Elon Musk, disse que uma nova plataforma para a próxima geração de veículos e um Tesla mais acessível só devem se concretizar em 2025.
Vários fatores estão em jogo. Para começar, as fabricantes notaram uma desaceleração na demanda por veículos totalmente elétricos. E há uma onda de alternativas mais baratas, particularmente de concorrentes da China (por exemplo: a BYD).
Além disso, o temperamento (e comportamento) de Musk tem afastado possíveis compradores. Como se não bastasse, o empresário tem muitas outras empreitadas que tomam seu tempo e atenção – desde lançar megafoguetes na SpaceX até caçar briga com ministros no X (antigo Twitter).
Ainda falando em Musk, os acionistas da Tesla votarão, nesta semana, no pacote de remuneração de US$ 56 bilhões (R$ 300 bilhões) do CEO. E essa votação pode determinar o futuro de Musk na empresa – pelo menos, é o que indica uma carta recente da presidente da Tesla, Robyn Denholm.
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