Caixão do Império Romano é aberto e revela surpresa na Inglaterra

O caixão é feito de chumbo e data do período em que o Império Romano dominou a região da atual Inglaterra
Alessandro Di Lorenzo12/06/2024 14h41, atualizada em 13/06/2024 20h52
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Análises realizadas em um caixão de chumbo de 1.600 anos que foi descoberto em Leeds, no norte da Inglaterra, surpreenderam os pesquisadores. O artefato remete ao período em que o Império Romano dominou a região (entre 43 e 410 d.C.).

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Investigação apontou que ossos de uma criança também foram colocados no caixão (Imagem: Conselho Municipal de Leeds)

Duas pessoas foram enterradas no mesmo caixão

  • Segundo os cientistas, os primeiros estudos haviam revelado que dentro do caixão estavam os restos de uma mulher de alta posição social.
  • Ela possivelmente era uma aristocrata romana, que foi sepultada com um bracelete, um colar de contas de vidro e um anel ou brinco. 
  • Uma nova investigação, no entanto, identificou a presença de ossos de outra pessoa no mesmo caixão.
Ossos foram analisados em novo estudo (Imagem: Conselho Municipal de Leeds)

Descoberta pode revelar costumes funerários dos romanos

A nova análise revelou que o caixão continha restos mortais de uma criança de aproximadamente dez anos de idade. De acordo com os pesquisadores, a identificação dos ossos foi um trabalho bastante complexo em função do estado fragmentado dos materiais, que ainda estavam misturados.

Outro ponto que reforçou a teoria inicial (de que tratava-se apenas de uma mulher enterrada) foi que nem todos os ossos da criança estão presentes no local. Dessa forma, os especialistas acreditaram que todo o material pertencia a apenas uma pessoa.

Foi a partir de análises mais detalhadas dos ossos que a equipe concluiu que duas pessoas diferentes foram colocadas no mesmo caixão. A datação por carbono indicou que ambos foram enterrados na mesma época, mas a relação entre a mulher e a criança segue sendo um enigma.

A descoberta pode ajudar na compreensão de costumes funerários romanos na Grã-Bretanha. De acordo com o estudo, é provável que o tratamento dado aos mortos pela população da região fosse diferente do que acontecia na cidade de Roma, coração do poderoso Império Romano.

Alessandro Di Lorenzo
Colaboração para o Olhar Digital

Alessandro Di Lorenzo é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e atua na área desde 2014. Trabalhou nas redações da BandNews FM em Porto Alegre e em São Paulo.