Imagem: Alones/Shutterstock
Muitos governos mundiais já estão utilizando a inteligência artificial em diversas áreas. Não é diferente no campo militar. E há até quem cogite usar a IA no sistema de controle de armas nucleares. Esta possibilidade, no entanto, é vista com muita preocupação pela Organização das Nações Unidas (ONU).
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Em um discurso gravado na reunião anual da Associação de Controle de Armas dos Estados Unidos, em Washington, o secretário-geral da ONU se manifestou sobre o assunto. António Guterres fez um apelo não apenas pelo desarmamento nuclear, mas por promessas de governantes para não usar a inteligência artificial para controlar armamentos, especialmente nucleares.
A humanidade está no fio da navalha, o risco de uma arma nuclear ser usada atingiu alturas não vistas desde a Guerra Fria. Os Estados estão envolvidos em uma corrida armamentista qualitativa. Tecnologias como a inteligência artificial estão multiplicando o perigo. A chantagem nuclear ressurgiu com algumas ameaças imprudentes de catástrofe nuclear.
António Guterres, secretário-geral da ONU
Para Guterres, “até que essas armas sejam eliminadas todos os países devem concordar que qualquer decisão sobre o uso nuclear é tomada por humanos, não por máquinas ou algoritmos”.
A declaração é a mais forte até agora sobre a IA e representa uma mudança de posicionamento da ONU. No início deste ano, a organização internacional adotou uma resolução promovendo o uso “seguro, seguro e confiável” da tecnologia e até destacou que a ferramenta estava salvando vidas.
Esta post foi modificado pela última vez em 12 de junho de 2024 11:05