O Sol tem se aproximado do seu máximo solar, mas, além disso, ele também está prestes a passar por outro evento significativo: a inversão dos polos magnéticos. Quando isso acontecer, os cientistas poderão saber como será o próximo ciclo solar.

O ciclo solar dura 11 anos, sendo definido pela atividade do campo magnético e a intensidade das manchas aparecendo em sua superfície. Já a inversão do campo magnético faz parte de um ciclo conhecido como ciclo de Hale, que dura cerca de 22 anos e engloba dois ciclos solares e consequentemente duas inversões.

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  • Enquanto o Sol se encontra no mínimo solar, seu campo magnético é semelhante ao da Terra, um dipolo, com um polo norte e um polo sul;
  • Com a chegada do máximo solar, as coisas se tornam mais complexas sem uma separação clara dos polos;
  • Quando a atividade solar se diminui, o Sol volta a ser dipolo, mas agora com a polaridade invertida;
  • Durante um ciclo de Hale, isso acontece duas vezes, com o campo magnético revertendo e depois voltando ao seu estado original.

Inversão do campo magnético do Sol

Segundo a Space.com, a inversão do campo magnético é impulsionada pelas manchas solares, regiões que são magneticamente complexas na superfície da estrela. Quando elas surgem próximas ao equador, possuem uma orientação correspondente ao campo magnético solar antigo. No entanto, quando surgem próximas aos polos elas possuem uma orientação invertida.

Durante o máximo solar uma grande quantidade de manchas se forma em latitudes médias, enquanto no mínimo, esse número é muito pequeno (Crédito: Future)
Durante o máximo solar uma grande quantidade de manchas se forma em latitudes médias, enquanto no mínimo, esse número é muito pequeno (Crédito: Future)

Assim, a inversão do campo magnético é um processo gradual, não tendo um momento específico para quando isso acontece. A reversão completa geralmente leva cerca de dois anos, mas pode ser que dure mais, por exemplo, a última vez que isso aconteceu levou quase cinco anos para ele ser completamente revertido.

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Apesar de parecer um final apocalíptico repentino, não é. A mudança é tão sutil, que quase não dá para notar que ela aconteceu. Além disso, os efeitos colaterais são até benéficos para Terra. Quando a inversão dos campos magnéticos acontece, a folha corrente, uma área que se estende por milhões de quilômetros para fora do equador solar, torna-se mais ondulada, proporcionando uma melhor barreira contra os ventos solares.

A folha corrente se torna mais ondulada durante a inversão do campo magnético (Crédito: NASA)
A folha corrente se torna mais ondulada durante a inversão do campo magnético (Crédito: NASA)

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Os cientistas ainda não sabem exatamente o que causa a mudança de polaridade, mas estão atentos a essas mudanças. Isso porque, se a inversão acontecer rapidamente nos próximos anos, o próximo ciclo solar será relativamente ativo, enquanto, se ela for lenta, ele será fraco.