Um navio da Idade do Bronze transportava centenas de frascos armazenando diversas mercadorias quando afundou. Isso aconteceu há cerca de 3.300 anos. Os restos da embarcação foram agora descobertos no fundo do Mar Mediterrâneo.

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Navio foi localizado a uma profundidade de 1.800 metros

  • O navio foi localizado a cerca de 90 quilômetro da costa norte de Israel e a uma profundidade de 1.800 metros.
  • Isso faz do naufrágio o mais antigo já descoberto em alto mar.
  • Outros casos datados da Idade do Bronze (de 3.300 a.C. a 1.200 a.C.) já foram identificados, mas sempre em águas rasas próximas à costa.
  • Por exemplo, a embarcação afundada mais antiga conhecida do mundo está localizada nas proximidades da ilha grega de Dokos e acredita-se que tenha naufragado há cerca de 4.200 anos.
Material resgatado em naufrágio de 3.300 anos (Imagem: Emil Aladjem/Autoridade de Antiguidades de Israel)

Capacidade de navegação intrigou pesquisadores

Segundo os pesquisadores, a descoberta do naufrágio em alto mar indica que a capacidade de navegação da época era superior ao que se imaginava até então. A teoria mais aceita é que os navios de comércio percorriam pequenas distâncias, sempre próximas à costa.

A localização da embarcação aconteceu durante uma vistoria de rotina realizada no fundo do mar pela Energean, uma empresa de exploração e produção de gás natural. Depois de mapear o local, foi confirmado que o barco tinha entre 12 e 14 metros de comprimento e estava carregado com centenas de recipientes antigos usados para armazenar mercadorias.

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Os materiais evidenciam que este era um navio de comércio e que foi projetado para aumentar a capacidade de transporte. A presença de tantas mercadorias sugere, ainda, “laços comerciais significativos” entre o local de origem e de destino (que ainda são um mistério).

A equipe de pesquisa acredita que a embarcação tenha sido afundada durante uma tempestade ou um ataque pirata, algo bastante comum no final da Idade do Bronze. Os restos do navio foram preservados, assim como os materiais armazenados nele.

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Agora, os pesquisadores irão realizara novas análises para descobrir mais sobre a história do navio. Eles também querem entender como foi possível navegar em alto mar naquela época.