(Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes arquivou, na quinta-feira (20), o inquérito sobre uma campanha do Google e do Telegram contra o projeto de lei (PL) das Fake News. A decisão de Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O ministro também determinou o envio de provas da investigação ao Ministério Público Federal em São Paulo. A ideia é disponibilizá-las para serem aproveitadas eventualmente em apurações nas esferas civil e administrativa contra big techs.
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O vice-procurador-geral da República, Hindemburgo Chateaubriand, afirmou ao STF que os elementos reunidos pela investigação, realizada pela Polícia Federal (PF), não justificaram uma acusação formal contra diretores das empresas em questão.
No entanto, a posição da PGR diverge da conclusão da PF. Após investigar a campanha do Google e do Telegram contra o PL das Fake News, a PF concluiu que a atuação das big techs configurou “abuso de poder econômico, manipulação de informações e possíveis violações contra a ordem consumerista”.
A abertura do inquérito ocorreu após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), acionar a PGR com uma notícia-crime (espécie de boletim de ocorrência político).
Nela, o deputado afirmou que a atuação do Google e do Telegram resguardava interesses econômicos e lançava mão de “toda sorte de artifícios em uma sórdida campanha de desinformação, manipulação e intimidação, aproveitando-se de sua posição hegemônica no mercado”.
Esta post foi modificado pela última vez em 21 de junho de 2024 08:28