A vida na Terra está em perigo. Diversos alertas já foram emitidos apontando que estamos perto da sexta extinção em massa da história. Neste cenário, é preciso agir urgentemente. Um grupo de pesquisadores propõe uma solução inédita para proteger a biodiversidade do nosso planeta.

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Pesquisadores apresentam proposta para salvar o planeta (Imagem: cybrain/Shutterstock)

É preciso proteger os chamados Imperativos de Conservação

  • De acordo com uma equipe ligada à à ONG norte-americana Resolve, seria possível reverter o quadro através de ações de preservação de uma área equivalente a 1,2% da superfície do planeta.
  • De acordo com o trabalho, a iniciativa teria custo e um cronograma realistas.
  • Ao todo, são 16.825 locais chamados de Imperativos de Conservação, que abrigam espécies raras ou em risco de extinção, em 164 milhões de hectares de terreno.
  • O estudo foi publicado na revista Frontiers in Science.
Várias espécies correm o risco de extinção em função das mudanças climáticas (Imagem: Ravindra Singh Kwatra/Shutterstock)

Custo para salvar a vida no planeta

Os pesquisadores destacam que 38% destes locais são anexos a áreas de conservação ambiental existentes, ou ficam a menos de 2,5 quilômetros delas. Isso poderia reduzir os custos da iniciativa, estimada em US$ 169 bilhões (mais de R$ 820 bilhões).

Para desenvolver a proposta apresentada, a equipe mapeou “distribuições de espécies raras e ameaçadas por meio de seis avaliações de biodiversidade amplamente utilizadas”. Esses locais foram sobrepostos com o mapa mais recente ou áreas protegidas globais para identificar locais desprotegidos que precisam de proteção imediata.

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As áreas selecionadas passaram, então, por uma análise fraccionada da cobertura do solo. Imagens de satélite foram utilizadas para identificar o habitat remanescente disponível para mamíferos, plantas raras e anfíbios.

A maioria dos Imperativos de Conservação estão concentrados em áreas tropicais, e se restringem a cinco países principais: Filipinas, Brasil, Indonésia, Madagascar e Colômbia. Para proteger todos os locais, seriam necessários US$ 53 bilhões (quase R$ 300 bilhões) por ano durante os próximos cinco anos. Isso representa menos de 0,2% do PIB dos Estados Unidos, por exemplo.

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Ainda de acordo com os pesquisadores, preservar essas áreas faz parte de uma estratégia maior para proteger o planeta. Isso porque as regiões são fundamentais para reduzir os gases de efeito estufa na atmosfera.